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Por Alex Campos

Rio - A 5ª Semana de Educação Financeira não poderia ter começado melhor. O discurso de abertura feito pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, resumiu com precisão e transparência os desafios e os compromissos diante desse tema. Ilan destacou iniciativas do Banco Central visando alguns pilares fundamentais na Estratégia Nacional de Educação Financeira. Entre eles, sistema financeiro mais eficiente, legislação mais moderna e crédito mais barato.

O BC do Ilan acredita que o país pode ter também mais cidadania financeira ­ na medida em que conquistar maior educação financeira, maior inclusão financeira e maior proteção financeira.

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Nesse sentido, o caminho do Banco Central vai na direção de melhorar a comunicação entre as instituições e os clientes, bem como mensurar os impactos dessas ações positivas. Também estão nos planos fortalecer o ambiente e a estabilidade financeira e modernizar as leis e as normas que regem a atuação do BC. No campo da eficiência, o objetivo é analisar novos meios, modelos ou sistemas de pagamento e ainda monitorar a transformação dessas inovações tecnológicas no setor bancário. De acordo com o presidente do BC, também está no radar da autoridade monetária reduzir a inadimplência, aumentar a concorrência, diminuir o custo do crédito e flexibilizar a concessão do crédito.

Tudo isso parece um sonho impossível, mas, como sempre eu digo - aqui, no site, na rádio, nas redes sociais e em qualquer lugar "tudo de bom que existe um dia teve ANTES que ser sonhado". Vamos todos sonhar grande e acreditar sempre. Sonhar ou acreditar não custa nada, não empobrece só enriquece.

O DINHEIRO VAI À ESCOLA
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No campo da educação financeira, segundo Ilan Goldfajn, além da atuação do Banco Central, vale ressaltar os esforços das diversas entidades (B3, CVM, CNseg, Susep, Anbima, Previc, Sebrae, Febraban e ministério da Fazenda, da Educação e da Justiça) para que o tema fizesse parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em dezembro de 2017, o Ministério da Educação homologou o texto da BNCC para o Ensino Fundamental. Acreditando na importância de ensinar às crianças, desde muito cedo, a relevância de manter uma relação saudável com o dinheiro, essas instituições participaram das audiências públicas onde o texto foi discutido até chegar à sua versão final.
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MUITO ALÉM DA MATEMÁTICA
Os esforços renderam frutos: no documento homologado da BNCC, há inúmeras referências à educação financeira, especialmente quanto à gestão de finanças pessoais e à educação para o consumo e, também, à educação econômica. A Base Nacional apresenta a educação financeira como tema a ser incorporado, preferencialmente de forma transversal e integradora, aos componentes curriculares na escola. São diversas as possibilidades de integração da educação financeira e da educação econômica às áreas do conhecimento constantes da Base Nacional. A inserção de problemas de compra e venda, os conceitos de juros e de inflação e o aprendizado de cálculos financeiros extrapolam o campo da Matemática.
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ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS
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A BNCC menciona como habilidade a ser adquirida "a capacidade de ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês", além de "compreender as formas de persuasão do discurso publicitário, do apelo ao consumo". Fato é a educação financeira gera ganhos positivos para o desenvolvimento econômico do país e para o bem-estar da população. Tantos esforços evidenciam que o bom cumprimento dessa missão institucional passa pelo avanço da cidadania financeira no Brasil. Não posso dizer que "faço minhas as palavras do presidente do BC" porque, três anos ANTES, escrevi um livro de 208 páginas sobre tudo isso. Mas posso dizer ao Dr. Goldfajn que "estamos todos de parabéns".
Bom domingo e boa sorte!
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