Neste supermercado, no Centro, as prateleiras de legumes e verduras ficaram vazias o. Clientes reclamaram de aumento dos preços - LUANA DANDARA/ESTAGIÁRIA
Neste supermercado, no Centro, as prateleiras de legumes e verduras ficaram vazias o. Clientes reclamaram de aumento dos preçosLUANA DANDARA/ESTAGIÁRIA
Por MARTHA IMENES

Rio - O consumidor que vem se deparando com escassez de produtos e alta de preços nos supermercados e postos de combustível tem que "rebolar" para não comprometer o orçamento doméstico com a elevação dos custos. Nos últimos dias, o preço da gasolina, por exemplo, passou de R$ 6 em alguns postos da Zona Sul do Rio. Até a batata inglesa, comum nos pratos cariocas, sofreu com a paralisação dos caminhoneiros. O saco de 50 kg saltou de R$50 a R$ 500 quarta-feira na Ceasa, principal central de abastecimento do Rio. Alguns supermercados adotaram medidas de racionamento para não ficarem sem estoque.

E como resolver esse imbróglio? Especialistas em varejo ouvidos pelo DIA avaliam que, embora a questão do petróleo não se resolva rapidamente - como querem os caminhoneiros - a crise instalada será pontual e resolvida no curto prazo. E recomendam para comprar somente o que realmente está faltando em casa para não pressionar ainda mais os preços. "Por conta do aumento generalizado atual dos preços, o consumidor deve comprar só o necessário para o seu consumo imediato. Quando o movimento acabar e o abastecimento se normalizar os preços vão cair", orienta Gilberto Braga, economista da Fundação D. Cabral e professor do Ibmec.

Outra dica é fazer a troca de produtos perecíveis por outros. "No caso de não achar legumes e hortaliças a preços justos, o consumidor pode procurar outros fornecedores", avalia Mauro Quintarelli, especialista em Varejo e consultor do grupo Azo. "Nas feiras ainda é possível achar preços mais em conta quando o fornecedor é das redondezas", diz.

Em relação aos combustíveis, a alternativa é tentar postos que ainda tenham e estejam oferecendo combustível dentro do preço de mercado. O que deve ser tarefa árdua, pois alguns "seguraram" o combustível e agora cobram o produto mais caro.

"Um posto de gasolina na Avenida das Américas não tinha gasolina de manhã e, milagrosamente, à tarde abriu com preços bem mais altos", critica Gilberto Braga.

Quintarelli explica que esse movimento de alta no preço dos combustíveis pode se dar em relação à oferta e procura. "Na falta do produto, alguns postos elevaram os preços para garantir a margem de lucro caso não seja abastecido", diz.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Rio confirmou que já está faltando gasolina em postos da capital.

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