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Pedro Parente pede demissão em um momento crítico, que culminou com a paralisação de caminhoneiros - AFP PHOTO / Mauro PIMENTEL
Pedro Parente pede demissão em um momento crítico, que culminou com a paralisação de caminhoneirosAFP PHOTO / Mauro PIMENTEL
Por MARTHA IMENES

Sai Pedro Parente entra Ivan Monteiro, que assume interinamente o comando da Petrobras. A questão agora é: como ficarão as políticas de reajuste de preços de combustíveis da estatal? Para o economista do Instituto Pereira Passos, Mauro Osório, a expectativa é que o próximo presidente da companhia tenha uma postura mais conservadora e que consiga desatrelar o preço do petróleo brasileiro do praticado no mercado exterior.

No começo da noite, em rápido pronunciamento, o presidente Temer confirmou o nome de Monteiro e reafirmou o apoio à política de preços, que atualmente, promove reajustes, que podem ser até diários, cada vez que o óleo tipo Brent fechar em alta na lá fora. Isso já fez, por exemplo, que no segundo semestre do ano passado o preço da gasolina brasileira fosse reajustado 116 vezes, de julho a dezembro. E somente em maio deste ano foram 16 aumentos. Desde que o presidente Temer assumiu foram mais de 220 vezes. E quem sente o peso desses repasses no preço dos combustíveis são os consumidores.

"Não é correto que se congele os valores como foi feito nos governos anteriores, mas também não é possível que cada vez que o óleo suba no exterior esse preço seja alterado no Brasil. Quem ganha com isso são os acionistas na estatal, pois o combustível (diesel) é subsidiado pelo governo", critica Mauro Osório.

O economista acrescenta que o óleo diesel subiu 60% desde julho de 2017 enquanto a inflação não passou de 3%.

CORTE EM EDUCAÇÃO E SAÚDE

Para "custear" a redução de R$0,46 - que é a soma do PIS/Cofins e da Cide - no óleo, além de isenção em pedágio para eixos elevados, entre outras demandas, pleiteadas por caminhoneiros, que provocaram uma grande crise de abastecimento no país, o dinheiro vai sair do orçamento público. Assim, as áreas da Saúde e da Educação, já tão deficitárias, terão cortes para suprir o que governo terá que bancar. É bom ressaltar que gasolina, álcool e GNV não tiveram os preços, nem impostos, reduzidos

Osório avalia que o próximo "homem forte" tenha características similares a do diretor Financeiro, Ivan Monteiro. "Correto, de caráter, trabalhador e conservador. Tudo o que o mercado precisa nesse momento", pondera.

O futuro incerto refletiu no mercado. As ações fecharam em queda, as ordinárias caíram 14,92% e as preferenciais recuaram 14,82%, depois de terem perdas de mais de 20%.

Pedro Parente pede demissão em um momento crítico, que culminou com a paralisação de caminhoneiros - AFP PHOTO / Mauro PIMENTEL
Pedro Parente pede demissão em um momento crítico, que culminou com a paralisação de caminhoneirosAFP PHOTO / Mauro PIMENTEL
Por MARTHA IMENES

Sai Pedro Parente entra Ivan Monteiro, que assume interinamente o comando da Petrobras. A questão agora é: como ficarão as políticas de reajuste de preços de combustíveis da estatal? Para o economista do Instituto Pereira Passos, Mauro Osório, a expectativa é que o próximo presidente da companhia tenha uma postura mais conservadora e que consiga desatrelar o preço do petróleo brasileiro do praticado no mercado exterior.

No começo da noite, em rápido pronunciamento, o presidente Temer confirmou o nome de Monteiro e reafirmou o apoio à política de preços, que atualmente, promove reajustes, que podem ser até diários, cada vez que o óleo tipo Brent fechar em alta na lá fora. Isso já fez, por exemplo, que no segundo semestre do ano passado o preço da gasolina brasileira fosse reajustado 116 vezes, de julho a dezembro. E somente em maio deste ano foram 16 aumentos. Desde que o presidente Temer assumiu foram mais de 220 vezes. E quem sente o peso desses repasses no preço dos combustíveis são os consumidores.

"Não é correto que se congele os valores como foi feito nos governos anteriores, mas também não é possível que cada vez que o óleo suba no exterior esse preço seja alterado no Brasil. Quem ganha com isso são os acionistas na estatal, pois o combustível (diesel) é subsidiado pelo governo", critica Mauro Osório.

O economista acrescenta que o óleo diesel subiu 60% desde julho de 2017 enquanto a inflação não passou de 3%.

CORTE EM EDUCAÇÃO E SAÚDE

Para "custear" a redução de R$0,46 - que é a soma do PIS/Cofins e da Cide - no óleo, além de isenção em pedágio para eixos elevados, entre outras demandas, pleiteadas por caminhoneiros, que provocaram uma grande crise de abastecimento no país, o dinheiro vai sair do orçamento público. Assim, as áreas da Saúde e da Educação, já tão deficitárias, terão cortes para suprir o que governo terá que bancar. É bom ressaltar que gasolina, álcool e GNV não tiveram os preços, nem impostos, reduzidos

Osório avalia que o próximo "homem forte" tenha características similares a do diretor Financeiro, Ivan Monteiro. "Correto, de caráter, trabalhador e conservador. Tudo o que o mercado precisa nesse momento", pondera.

O futuro incerto refletiu no mercado. As ações fecharam em queda, as ordinárias caíram 14,92% e as preferenciais recuaram 14,82%, depois de terem perdas de mais de 20%.

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