Rio - O preço da gasolina pode deixar de ser reajustado quase que todo dia como ocorre atualmente. O ajuste do valor do litro do combustível deve ocorrer em um período mais dilatado nas refinarias, chegando a ser mensal. A mudança na política da correção da Petrobras pode acontecer, segundo informações do jornal 'Valor', mediante condições impostas pela estatal ao governo Temer. O presidente interino da empresa, Ivan Monteiro, estaria disposto a rediscutir o reajuste do produto com a União. Mas, a mudança não garantiria o repasse direto nas bombas para o consumidor, caso houvesse redução.
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, informou que o governo estuda proposta que dê previsibilidade aos preços da gasolina.
Nesta segunda-feira, ainda seguindo política em vigor, a Petrobras anunciou que a gasolina ficará mais barata nas refinarias. O preço do combustível baixará, a partir de hoje, de R$2,0113 para R$ 1,9976, numa redução de 0,68%. A queda foi anunciada depois de duas altas consecutivas. No último sábado, a estatal elevou o preço em 2,25%, após aumento de 0,74% liberado no dia 30 de maio.
Mas para que a atual política de reajuste de preços seja alterada, a Petrobras estabeleceu dois pontos para ter condições de rediscutir novo modelo. O primeiro item seria que ao deixar de ajustar os valores diariamente, a cotação internacional do combustível continue a servir de referência para o preço no mercado interno. E o segundo diz respeito à proteção contra a importação em momentos em que a cotação do mercado externo estivesse abaixo do praticado no país.
Após registrar perdas nos últimos dias, as ações da Petrobras fecharam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo. Os papéis começaram a semana com valorização de 8,87%, nas ações preferenciais, que dão direito a dividendos. O Ibovespa fechou em alta de 1,76%, com 78.596 pontos, nesta segunda.
O dólar teve valorização de 0,62%, cotado a R$ 3,7434 na venda. O volume financeiro somou R$ 15,8 bi, influenciado pela venda das ações da Eletropaulo para a italiana Enel.