Receita Federal - Receita Federal
Receita FederalReceita Federal
Por *EDDA RIBEIRO

Rio - O chamado 'golpe do amor', em que fraudadores criam perfis virtuais para enganar mulheres e roubá-las, voltou a preocupar a Receita Federal. O órgão tem recebido ligações de muitas pessoas a fim de confirmar um suposto depósito exigido pela Alfândega, induzido pelo parceiro ou parceira que conheceram via internet. Fiscais alertam que é preciso ter cuidado para não cair nesse tipo de armadilha.

A fraude começa com a abordagem em redes sociais, como o Facebook. São perfis falsos de homens que se dizem estrangeiros e iniciam um relacionamento com mulheres. O criminoso promete enviar presentes ou de algum item de valor, e em pouco tempo avisa que o objeto ficou retido na Alfândega. A vítima recebe uma ligação de um suposto funcionário da Receita passando dados bancários de pessoa física para o depósito, prometendo que o item seja liberado.

A Alfândega do Aeroporto Internacional Tom Jobim - Galeão, no Rio, tem recebido uma média de quatro ligações com perfil deste golpe todos os dias, segundo o auditor fiscal responsável , Ricardo Mesquita.

"Muitas mulheres são do interior, afirmando que o namorado está enviando joia, passaporte, documentos de casamento, e até dinheiro", explica. Os pedidos de depósito relatados estão entre R$4 mil e R$10 mil.

"Os golpistas dizem ter um trabalho bem reconhecido, relacionado a grandes empresas ou área de diplomacia, por exemplo", diz André Martins, auditor fiscal no Aeroporto de Guarulhos. O delegado explica que o primeiro sinal de golpe aparece quando a vítima entrega um pedido de rastreamento ao questionar a Alfândega, e a Receita constata que provém de empresa de envio falsa.

Saiba como identificar as empresas

Para identificar a ação falsa, é preciso entrar no site da Receita Federal (receita.fazenda.gov.br), clicar em Aduaneira, Remessas Internacionais. Em seguida, ir no link Remessa Expressa Internacional, onde fica disponível a lista de empresas autorizadas. Assim, é possível confirmar se a companhia de rastreio existe.

Além disso, André Martins enfatiza: a Receita Federal nunca pede depósito para ninguém. Ao sofrer o golpe, a vítima deve denunciar em delegacia da Polícia Civil mais próximo.

O diretor da Divisão de Segurança Cibernética (dfndr lab), da PSafe, Emilio Simoni, afirma que existem outras modalidades de crimes que começam da mesma forma. "O golpista envia fotos de malotes de dinheiro ou presentes muito caros. Depois pede que a vítima deposite uma taxa menor para a alfândega liberar", explica.

*Estagiária sob supervisão de Max Leone

Você pode gostar
Comentários