Rio - As contas de FGTS dos trabalhadores com saldo em 31 de dezembro do ano passado vão receber, em média, R$ 38 de crédito extraordinário ainda este mês. O valor é referente à metade do lucro que o fundo teve em 2017. De acordo com a Caixa Econômica Federal, R$6,23 bilhões serão divididos por 258 milhões de contas de 90,7 milhões de pessoas com vínculo ao FGTS. No ano passado, foram distribuídos R$7,2 bilhões em lucro.
O dinheiro começou a ser depositado ontem mesmo, segundo o banco. Os créditos devem ser concluídos até 31 de agosto, quando a consulta ao saldo estará liberada no site (https://www.resultadosfgts.caixa.gov.br) ou por meio do aplicativo para celulares.
O saque seguirá regras do FGTS: demissão sem justa causa, aposentadoria, aquisição de casa própria ou pagamento das prestações do financiamento habitacional.
A remuneração extra é resultado da partilha do lucro do fundo no ano passado. Segundo os gestores do FGTS, um total de R$ 12,46 bilhões. Considerando a atualização ao longo dos meses de 2017, as contas tiveram remuneração total de 5,59% no acumulado. O percentual é praticamente o dobro da inflação do período, de 2,95%. O rendimento a mais ficou em 1,72%.
Garantia para quitar consignado
Para tentar alavancar os empréstimos consignados com garantia do FGTS, a Caixa criou sistema que permitirá aos bancos separar parte dos recursos do fundo de cada trabalhador que servirá de garantia nos empréstimos com desconto em folha. A iniciativa é dar mais segurança às instituições financeiras, que não demonstraram interesse em oferecer esse tipo de crédito aos clientes.
Segundo a Caixa, o sistema permitirá que bancos bloqueiem até 10% da conta do trabalhador que tomar crédito consignado com garantia do FGTS. Na operação, o empregado oferece 10% do saldo do fundo e eventual multa como garantia do empréstimo. Em caso de demissão sem justa causa, o credor pode receber diretamente da Caixa as garantias da operação.
A partir de hoje, trabalhador com deficiência poderá sacar o FGTS para comprar órteses e próteses. A liberação só será feita em casos específicos previstos na lei e com laudo médico. A mudança permite, por exemplo, a compra de cadeiras de rodas, aparelho para ampliação sonora ou óculos para quem tem menos de 30% da capacidade visual.
