Rio - O mercado financeiro fechou agitado sob a influência do ataque sofrido pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), na tarde de ontem, em Juiz de Fora (MG). O dólar registrou queda de 1,4%, cotado a R$ 4,0847. Na mínima, a divisa chegou a R$ 4,0737 e, na máxima, a R$ 4,1652.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também viveu movimento especulativo devido ao episódio com Bolsonaro que fez o Índice Bovespa disparar na última hora de negociação do pregão. O indicador, que vinha oscilando em alta moderada, chegou a subir mais de mil pontos em um curto espaço de tempo e fechou em alta de 1,76%, aos 76.416,01 pontos. Os negócios somaram R$8,73 bilhões.
De acordo com a Agência Estadão Conteúdo, o movimento brusco pegou profissionais do mercado de surpresa e operadores citaram indícios de um efeito "manada", no qual investidores ingressam na onda compradora mesmo sem grande convicção dos desdobramentos da notícia recém-chegada.
Em meio ao clima especulativo, foram diversas as teorias para explicar a disparada da bolsa. O enfraquecimento da esquerda foi um dos pontos mais citados pelos analistas. Mas uma predileção do mercado pelo candidato do PSL, no entanto, dividiu os especialistas.
INFLAÇÃO DE AGOSTO
A inflação oficial, medida pelo IPCA, registrou deflação (queda de preços) de 0,09% em agosto. Em julho, houve alta de 0,33%. Já em agosto do ano passado, o IPCA teve alta 0,19%. O indicador acumula taxas de 2,85% no ano e de 4,19% em 12 meses.
Já a inflação da população de baixa renda, calculada pelo INPC, não registrou variação em agosto. Em julho, o indicador havia ficado em 0,25%. O INPC acumula taxas de 2,38% no ano e de 3,64% em 12 meses.