Bolsonaro: 'Não sou economista, já falei que não entendia de economia, quem entendia afundou o Brasil, tá certo?' - Reprodução/ Youtube/ Jovem Pan
Bolsonaro: 'Não sou economista, já falei que não entendia de economia, quem entendia afundou o Brasil, tá certo?'Reprodução/ Youtube/ Jovem Pan
Por MARTHA IMENES

Rio - Ao contrário do afirmado na época da campanha presidencial, que não interferiria nos preços dos combustíveis como fizeram os antecessores do PT, o governo Bolsonaro segurou ontem a alta do diesel. A medida refletiu diretamente no preço das ações da Petrobras, que despencaram 8,7%. Com isso, a estatal levou um tombo e perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado após a intervenção de Bolsonaro.

Analistas avaliam que o recuo da estatal provocou dúvidas em relação à independência da empresa, no que diz respeito à política de reajustes de combustíveis. Ao ser informado do aumento, Bolsonaro ligou para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e pediu para segurar a correção. Um reajuste neste momento, na avaliação do Planalto, poderia ter um grande impacto na economia.

Na capital do Amapá, onde participou da inauguração de um aeroporto, Bolsonaro confirmou que entrou em contato com o presidente da Petrobras, mas afirmou que não será "intervencionista".

O presidente disse que se surpreendeu com o reajuste de 5,74% e convocou todos da empresa para esclarecer o reajuste. Ele afirmou que a Petrobras terá que convencê-lo se a inflação projetada é inferior a 5%. "Se me convencerem tudo bem; se não, daremos resposta adequada a vocês", disse.

Sem entender de economia

"Não sou economista, já falei que não entendia de economia, quem entendia afundou o Brasil, tá certo? Estou preocupado também com o transporte de cargas no Brasil, com os caminhoneiros. São pessoas que realmente movimentam as riquezas, de norte a sul, leste a oeste e que tem que ser tratados com devido carinho e consideração. Nós queremos um preço justo para o óleo diesel", afirmou.

O Ibovespa terminou o pregão de ontem com queda de 1,98%. As ações ordinárias da Petrobras caíram 8,76%, negociadas abaixo de R$ 30 por papel. as preferenciais recuaram 8,36%, perto de R$ 25 por ação.

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