O diretor-geral da ANP, Décio Oddone - Fernando Frazão / Agência Brasil
O diretor-geral da ANP, Décio OddoneFernando Frazão / Agência Brasil
Por O Dia
Rop - O mercado de gás e combustíveis anda a pleno vapor. Após o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmar que quer diminuir o consumo do diesel no país e estimular a conversão de caminhões para o gás natural veicular, como forma de reduzir o custo do frete no país, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou dados sobre a venda fracionada de gás de cozinha para os consumidores durante o lançamento do Programa do Novo Mercado de Gás.
Atualmente, cerca de 10,6% do gás comercializado no país abastece veículos, segundo dados do setor. A frota a gás representa somente 2,2% do total em circulação, de acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito.
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"Vamos anunciar um planejamento para substituir todas as térmicas movidas a diesel", disse Albuquerque. Segundo o ministro, a base do plano reside na retirada da Petrobras do mercado de transporte e distribuição de gás. A estatal concentra hoje 70% do mercado.

Botijão
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou em uma cerimônia no Palácio do Planalto que estuda permitir a venda fracionada de gás de cozinha aos consumidores e também de botijão parcialmente cheio. Além disso, o dirigente da ANP informou que a agência cogita liberar a venda de botijão sem marca de distribuidoras.
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Segundo Oddone, a intenção da ANP com o fracionamento da venda de gás de cozinha é que os consumidores tenham a possibilidade de abastecer botijões de gás como ocorre, por exemplo, com a gasolina e o etanol em um posto de combustível.
Oddone ressaltou que a proibição no Brasil da venda fracionada de gás de cozinha e de botijão parcialmente cheio leva o consumidor a perder o gás residual que pode ter dentro do vasilhame. "Isso impacta principalmente as famílias de baixa renda, que chegam ao final do mês sem recursos para comprar um botijão completo", observou.