E como virar dono do próprio negócio se a grana tá curta e os juros ainda continuam altos? Se não tiver um dinheiro guardado, a saída é fazer um empréstimo. Mas é bom pesquisar para não cair em roubada. Levantamento feito entre bancos e financeiras mostra que as taxas mais baixas são oferecidas pela HS Financeira, a 0,89% ao mês e 11,2% ao ano. E a taxa mais alta, segundo o levantamento do Banco Central, foi encontrada no JBCred S/A: 26,4% ao mês e 1.563,62% ao ano.
O desemprego, que atinge 12,8 milhões de pessoas, empurrou muitos brasileiros para viver de bico. "O empreendedorismo popular está aquecendo a compra de pequenos ativos adquiridos a prazo pelas pessoas físicas", afirma Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi, associação que reúne financeiras.
Juros de 1,14% a 4,85% ao mês
Nessa página é possível encontrar as taxas para pessoa física e também para jurídica. Há taxas de cartão de crédito rotativo e parcelado, cheque especial, crédito pessoal consignado INSS, entre outros.
Ele conta que em um primeiro momento a venda dos crepes em Niterói eram feitas em um carro adaptado, que existe até hoje. Mas em 2015, com a febre dos food trucks, resolveu investir na compra de um.
Atualmente Evandro tem dois pontos de venda em Niterói. E o negócio tem dado tão certo, que ele já pensa em franquear sua marca. "Penso em ampliar minha marca e passar a ser franqueador", adianta Evandro.
Cidade do Rio tem 409 mil MEIs
A distribuição por sexo, segundo a pesquisa, é bem homogênea, ou seja, não tem muita variação por sexo. Sendo que, o maior percentual de MEI é do sexo feminino com 50,5%. Em relação à faixa etária, 30,1% dos MEI tem idades entre 31 e 40 anos. E a segunda maior concentração é na faixa de 41 a 50 anos (24,7%). A atividade mais frequente é a de cabeleireiros seguida de comércio varejista de artigos do vestuário. Considerando a divisão por sexo, a ocupação principal entre os homens é em obras de alvenaria e entre o sexo feminino é cabeleireiros.
"No Brasil, devido ao histórico de altas taxas de juros, o crédito muitas vezes é tido como vilão, gerador de endividamento e preocupações. Essa é uma visão equivocada. Quando bem utilizado, o crédito permite o saneamento das dívidas e também acesso a produtos e serviços inalcançáveis em condições normais", diz Victor Loyola, com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e sócio fundador da Consiga+, empresa especializada em crédito consignado privado.
Para colocar um ponto final nas principais dúvidas sobre o acesso ao crédito, o empresário esclarece alguns mitos e verdades sobre o assunto.
Recorrer a alguma forma de crédito é algo ruim. MITO.
As pessoas tendem a relacionar as palavras "crédito" e "empréstimo" a algo ruim. Mas a verdade é que sem crédito a economia travaria. Pessoas, empresas e governos precisam de crédito para questões corriqueiras e projetos de longo prazo. O que acontece é que, como qualquer remédio, recorrer a esse benefício pode se transformar em veneno, se consumido em excesso. Sabendo usar, crédito gera prosperidade e oportunidades.
Negativados não têm acesso a crédito. MITO.
Ao contrário do que muitos pensam, o fato de alguém estar negativado não determina se o consumidor terá seu crédito negado. A situação sempre será avaliada em conjunto com outros fatores. Isso pode diminuir as chances de aprovação, mas não determinar. Os grandes bancos tendem a ser mais conservadores na política de crédito para negativados, que normalmente apelam para financeiras com taxas maiores, o que pode agravar ainda mais a situação do devedor ao invés de ajudá-lo.
Contrair mais dívidas para resolver uma pendência financeira pode ser uma saída. VERDADE.
Uma pesquisa realizada com clientes da Consiga+ indicou que 80% deles recorrem ao empréstimo para quitar outras dívidas, mais caras. Isso porque a modalidade consignado é mais barata e permite fazer essa troca, desde que não ultrapasse 30% da renda do cliente. Se a nova dívida for, então, mais barata, vale recorrer a ela para quitar pendências financeiras existentes.
Após o acesso ao crédito, os problemas financeiros estão resolvidos. MITO.
Muita gente pensa que ter acesso ao crédito resolverá os seus problemas. Mas a verdade é que o consumidor brasileiro não tem uma boa educação financeira. Esse é o problema. O normal no país é que o consumidor verifique se a parcela do empréstimo cabe no bolso naquele mês que ele precisa, negligenciando a taxa de juros associada à transação. Ele normalmente também ignora os três componentes essenciais em um empréstimo: valor, taxa e prazo. A combinação das três variáveis deve ser avaliada cuidadosamente para encontrar a melhor oferta. Vale ressaltar que muitas vezes, além da educação financeira rudimentar, há um outro elemento que atrapalha na hora da decisão adequada de crédito: a renda baixa. As pessoas tendem a tomar decisões impulsivas quando a renda termina antes do fim do mês. Não há como criticá-las por isso, mas é bom tentar evitar que aconteça.
Crédito consignado é mais barato que o rotativo. VERDADE.
Enquanto o crédito rotativo possui taxas que podem ultrapassar 19% ao mês, o consignado fica na casa dos 2,8% ao mês. O consignado ainda possui um recurso que ajuda muito no controle financeiro de quem contrata esse tipo de empréstimo: a parcela é debitada direto da folha de pagamento do cliente, o que evita a inadimplência.
O acesso ao crédito no Brasil é muito caro. VERDADE.
Se tomarmos o dinheiro como produto, em média paga-se 8x mais caro por ele no Brasil do que nos Estados Unidos. Apesar de ser verdade que quase todos os produtos são mais caros no Brasil, o dinheiro é desproporcionalmente um ponto fora da curva. Mas isso não quer dizer que não existam opções mais baratas: financiamento de automóveis e crédito consignado público e privado são modalidades que oferecem taxas mais acessíveis ao consumidor.
O crédito ao consumidor no Brasil é pouco utilizado em relação a outros países. MITO.
Se por um lado o total de crédito não chega a 50% do PIB no Brasil, valor muito menor que nas economias desenvolvidas, quando excluímos o crédito para empresas e o crédito imobiliário, concentrando apenas no crédito ao consumo e suas variações, o mesmo representa 16% do PIB, valor igual ao dos EUA, país notório pela intensa utilização de crédito.