Comércio carioca está com as lojas fechadas desde o último dia 24 de março - Cleber Mendes
Comércio carioca está com as lojas fechadas desde o último dia 24 de marçoCleber Mendes
Por Marina Cardoso

Rio - A pandemia do novo coronavírus gerou crise em todo o mundo com reflexos diretos na Economia. Por conta disso, a Secretaria Estadual de Fazenda do Rio, por meio da Coordenadoria de Estudos Econômico-Tributários (CEET), ligada à Subsecretaria de Receita, fez estudo para apontar impactos da covid-19 na atividade econômica do estado. As medidas de isolamento social causaram prejuízo principalmente no varejo de vestuário e calçados com retração de 75,9% nas receitas. Restaurantes, bares, padarias e lanchonetes também perderam.

O levantamento levou em conta a movimentação financeira de março e os quatro primeiros dias de abril, que reduziu 14,4% entre a primeira e última semana. Além disso, a análise comparou dados de volume de operações com incidência de ICMS de março deste ano com os do mesmo mês de 2019. Pelas notas fiscais emitidas, a queda foi de 10,9%.

Por outro lado, o estudo apontou que a soma de valores emitidos em todas as notas cresceu na comparação com março de 2019. A arrecadação foi de R$ 99 bilhões a R$ 119 bilhões, um aumento de 20%. Dentro dos setores, a indústria teve aumento de 20,73% e ICMS destacado de mais 7,57% comparado o mês deste ano com março de 2019. Contudo, a quantidade de notas caiu 3,91%. Já o atacado e o varejo tiveram comportamentos opostos: enquanto o primeiro registrou aumento, o segundo teve redução nos três itens comparados. Entre as semanas observadas, só o ICMS do atacado teve alta (12,6%).

O levantamento mostra que o setor mais impactado foi o varejo. Entre o começo e o fim do mês, a movimentação financeira caiu 29,9%. As medidas de isolamento provocaram perdas no varejo de vestuário e calçados, com queda de 75,9% nas receitas. Restaurantes, bares, padarias e lanchonetes tivera redução acima de 60% em todos os indicadores, mostrando que foram afetados. 

 

Estudo será base para flexibilizar
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Segundo o secretário estadual de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, a divulgação do boletim neste momento vai além de dar transparência aos dados. "O estudo permite a análise do comportamento da Economia para que outros agentes possam balizar as suas ações. Os boletins serão usados para a estratégia de saída da crise". 
Segundo ele, a partir da evolução dos dados, será possível colocar a curva epidemiológica da Secretaria de Saúde e acertar as regiões possíveis de serem flexibilizadas ou não. "A gente analisa os dados e toma a decisão, equilibrando Economia com Saúde".
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O subsecretário de Receita, Thompson Lemos, afirmou que a análise da CEET é de extrema relevância diante do cenário fiscal que o estado atravessa. "A partir do levantamento, temos conhecimento de como setores responderam às primeiras medidas restritivas, que foram e estão sendo fundamentais para controlar a expansão da doença", diz.
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