Governo do Rio lança campanha para venda de flores e crédito emergencial
Em razão da pandemia do coronavírus, produtores e lojistas tiveram queda no faturamento
080520 - CORONAVIRUS - Pandemia afeta os preparativos para o dia das maes. No Mercado das Flores,no Centro do Rio, as vendas diminuiram muito. Na foto, O Florista, Nilson Flores. Estefan Radovicz / Agencia O Dia CORONAVIRUS,PANDEMIA,ABASTECIMENTO,COMERCIO,COMEMORACAO,MAESEstefan Radovicz / Agência O
Por Letícia Moura*
Rio - O mês de maio, também chamado de o mês das noivas e das mães, é a época de maior venda para os produtores de flores. No entanto, diante do cenário da crise da pandemia do coronavírus e, para reduzir as perdas durante este período, a Secretaria de Estado de Agricultura lançou, nesta semana, uma campanha para incentivar a compra de flores. O estado do Rio é o segundo maior produtor do país, com uma produção anual de 560 milhões de flores. A floricultura gera cerca de 18 mil postos de trabalho no estado. Segundo a pasta, estima-se uma perda de R$ 100 milhões nesse momento de pandemia.
Para minimizar os efeitos da crise, a secretaria realiza diversas ações, como o lançamento de um crédito emergencial, através do projeto de fomento Agrofundo, de até R$ 10 mil para cada produtor, com uma carência de até dois anos para pagar. Além disso, há a disponibilização do site www.rj.gov.br/secretaria/agricultura para os produtores e lojistas divulgarem seus canais de acesso para compra de buquês e receber os arranjos em casa.
“Sabemos que resolver o problema 100% não é possível, mas conseguimos mitigá-lo e esta semana é essencial por causa do Dia das Mães. Queremos diminuir o impacto da crise nesse dia que é o principal de vendas de flores”, explica o secretário de estado de Agricultura, Marcelo Queiroz.
QUEDA NAS VENDAS
Segundo Maciel Gomes, gerente de uma loja de plantas e flores no Mercado Municipal do Rio de Janeiro (CADEG), ele costumava vender 50 carrinhos de mercadoria por dia, mas agora vende um ou às vezes a metade. “Na semana das mães, a gente pedia 40 caminhões, agora só estamos trabalhando com três. Não está tendo movimento, não sabemos o que iremos fazer”, desabafa.
A recursos humanos Roberta Rodrigues, de 22 anos, considera que as flores têm um significado especial e realizou um sonho quando ganhou três buquês aos 15 anos. “Até hoje eu gosto muito de presentear e receber flores”, ressalta. Ela conta que tem o hábito de ir ao Cadeg comprar flores e destaca que “neste momento, um gesto de amor e romantismo vai trazer alegria e esperança para os dias que temos vivido”.