A menos de uma semana para o fim do prazo estabelecido pelo governo federal para que os trabalhadores se cadastrem no auxílio emergencial de R$ 600, os valores da prorrogação da renda básica são incertos. O governo já informou que vai estender por mais três meses o benefício, mas ainda não sabe o valor das parcelas. O que foi confirmado pelo ministro da Economia Paulo Guedes, em live ao lado do presidente Jair Bolsonaro, foi a liberação do pagamento da terceira parcela dos "seiscentão" a partir de sábado.
E esse valor da prorrogação foi motivo de desencontro ontem. Na parte da manhã, o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, divulgou em rede social os valores de três parcelas adicionais que serão pagas pelo governo, mas, minutos depois, apagou a publicação. Segundo o ministro, elas seriam de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.
À noite, Bolsonaro confirmou o que o ministro apagou. De acordo com o presidente, a "ideia" do governo é pagar mais três parcelas do auxílio, nos valores de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, respectivamente. Segundo Bolsonaro, a prorrogação está confirmada, mas os valores das parcelas ainda estão em estudo.
Na postagem do ministro, ainda havia a informação de que a proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. E que isso representa 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o início, em 2004.
Confusão
A publicação do ministro na rede social foi feita antes de uma reunião que havia sido marcada com o presidente para debater o futuro das novas parcelas do auxílio emergencial.
A prorrogação do auxílio vem sendo discutida há alguns dias entre parlamentares, ministros e o presidente Bolsonaro. Nesta semana, o presidente afirmou que a União não aguentaria o pagamento de R$ 600 por mais três meses, proposta defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Vale ressaltar para quem não se inscreveu para receber o auxílio emergencial, o prazo vai até o próximo dia 2 no site ou aplicativo da Caixa Econômica.