Diante ainda da crise provocada pela pandemia do coronavírus (covid-19), o número de pedidos de seguro-desemprego chegou a mais de 653 mil em junho. Porém, segundo divulgou o Ministério da Economia ontem, o resultado representa uma queda de 32% na comparação com maio, em que foram contabilizados mais de 960 requerimentos. No Rio, o número de pedidos foi de mais de 52 mil, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. Para enfrentar a pandemia e a consequência do desemprego, especialista indica adoção de medidas urgentes do governo.
Em todo o Brasil, o número de requerimentos de seguro-desemprego na comparação com junho de 2019 teve um aumento de 28,4%. No ano passado, foram 508.886 pedidos. A maior parte dos requerimentos foi feito através da internet, seja por meio do portal do governo ou do aplicativo (confira no quatro ao lado como pedir o seguro-desemprego).
Quanto ao perfil dos trabalhadores que pediram o seguro-desemprego, 39,6% são mulheres e 60,4% homens. Em relação a faixa etária que concentrava a maior proporção de requerentes é de 30 a 39 anos de idade, com cerca 32% dos pedidos. Em termos de escolaridade, 59,9% têm ensino médio completo. Sobre o setor econômico que mais representou esses pedidos, estão serviços (41,7%), comércio (25,4%) e indústria (18,7%).
Tanto o estado quanto o município que já enfrentavam números altos de desemprego tem um desafio para enfrentar a crise da pandemia. Para Fernando Lobo, analista de recrutamento, os governos municipais e estaduais precisarão de políticas públicas. "No Rio não existe ações voltadas para a geração de emprego. Para resolver o problema do desemprego a curto prazo, somente com ação forte do Estado fazendo grandes obras. Abre-se grandes frentes de trabalho em diversos locais", afirma ele.
Ainda de acordo com Lobo, já a médio e longo prazo, o turismo será fundamental para a retomada da economia.