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Documento disponível no site do órgão regulador, a CVM, diz que a operação da Havan tem como coordenadores Itaú BBA, XP Investimentos, BTG Pactual, Morgan Stanley, Bank of America, Bradesco BBI, Banco Safra e Santander Brasil, grandes instituições financeiras com atuação no Brasil.
Luciano Hang diz que a empresa quer usar os recursos da oferta primária - quando novas ações são postas no mercado para aumentar o capital da empresa, ou seja, fazer o dinheiro com a venda das ações ir para o caixa - para investir na expansão de lojas e do centro de distribuição da varejista, que pretende expandir seu negócio com novas lojas e manter um crescimento orgânico, com mais investimentos em tecnologia e no capital de giro da empresa.
Na oferta secundária de ações, um dos acionistas da empresa quer vender uma parte ou toda sua participação na empresa.
No primeiro semestre de 2020, por conta da pandemia, a Havan teve um prejuízo líquido de R$ 127,5 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia havia registrado lucro de R$ 193,9 milhões. Segundo a Hava, o novo coronavírus (Sars-Cov-2) levou a uma redução de 10,4% na receita bruta nos seis primeiros meses e aumentou a inadimplência de clientes.
Leia na íntegra a carta de Luciano Hang, o 'Véio da Havan':
"Eu sou o Luciano Hang, um homem de origem simples, com um começo de história comum a muitos brasileiros. Disléxico, tive muitas dificuldades e só consegui ler aos 12 anos, mas posso dizer que essa limitação só me fez mais criativo.
Foi com esta mesma idade que eu decidi montar uma cantina na escola com um amigo, vendíamos bolachas! Com o tempo, as vendas cresceram tanto que a distribuidora dos doces passou a fazer entregas em uma Kombi.
Filho de operários, aos 17 anos comecei a trabalhar na mesma fábrica em que meu avô e meus pais trabalharam. Logo me destaquei e fui promovido a vendedor, mas o meu espírito empreendedor não me permitiu permanecer ali por muito tempo.
Foi então, que com 23 anos, eu comprei uma pequena fábrica de toalhas que estava fechando e a fiz funcionar 24 horas por dia. É como eu sempre digo: comece pequeno, sonhe grande!
Por isso, aos 24 anos, abri a Havan, uma pequena loja de tecidos. Em pouco tempo, o estabelecimento já não dava conta da demanda, era preciso crescer! Decidi dar um passo ousado, indo para a Coreia do Sul importar tecidos. Chegamos a vender mais de 5 milhões de metros por mês!
Depois disso, evoluímos cada vez mais, a Havan foi do comércio de um único produto, para mais de 250 mil SKUs atualmente; de uma pequena loja na cidade Brusque/SC, para 149 megalojas instaladas por todo o país vendendo de tudo, para todos. Com uma equipe de profissionais extremamente competentes e engajados com a empresa, passamos por várias crises e de cada uma delas saímos mais fortes.
Eu sou apenas o maestro desta grande orquestra, quem faz o sucesso da Havan são os nossos quase 18 mil colaboradores que se dedicam de corpo, alma e coração. A cultura da Havan é a nossa essência e no centro dela, estão os nossos clientes, aqueles a quem nós nos esforçamos para encantar todos os dias.
É por isso que eu costumo dizer que, na Havan, nós não temos clientes, temos fãs! Em cada loja que eu vou, seja para uma inauguração ou simplesmente para visitar, eu percebo esse amor da comunidade e dos colaboradores pela empresa, por tudo o que as nossas lojas proporcionam às cidades. Uma Havan gera oportunidades, desenvolvimento social e empregos diretos e indiretos!
Hoje, com 34 anos de história, começamos uma nova fase e nos sentimos prontos para abrir o nosso capital. Olhando para trás, percebemos que tivemos grandes feitos, mas olhando para o futuro, vemos que estamos ainda no começo e podemos ir muito, muito mais longe.
Eu sempre acreditei na Havan e continuo apostando neste grande time, ficamos muito felizes em levar nossa empresa ao acesso de novos acionistas.
Obrigado por considerar fazer parte da Havan, como investidor!
Luciano Hang."