Coletiva na porta do Alvorada: Bolsonaro, Guedes, Lorenzoni entre outros no anúncio da prorrogação  e redução do auxílio emergencial - Marcos Corrêa/PR
Coletiva na porta do Alvorada: Bolsonaro, Guedes, Lorenzoni entre outros no anúncio da prorrogação e redução do auxílio emergencialMarcos Corrêa/PR
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A prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro meses, e sua redução à metade, conforme antecipado pelo jornal O DIA na edição do último dia 29, precisa passar pelo Congresso. O anúncio foi feito ontem pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado de ministros e líderes da base aliada na saída de um café da manhã no Palácio da Alvorada. Entretanto, o que parece ser dado como certo pelo governo, vai enfrentar resistência na Câmara: partidos de oposição como PSol e PSB, por exemplo, já afirmaram que vão trabalhar para que o valor do benefício não seja inferior aos atuais R$ 600. A prorrogação será feita por Medida Provisória e terá validade assim que for publicada no Diário Oficial da União, mas precisa ser referendada pela Câmara dos Deputados.

"A base do governo vai querer votar os R$ 300, mas haverá desgaste", garante o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ). O parlamentar aponta saídas para que o governo possa garantir recursos que permitam os pagamentos mas, segundo ele, falta vontade política para implementar as medidas.

"A Reforma Tributária poderia enfrentar a desigualdade. Poderíamos taxar as grandes fortunas, heranças e ter Imposto de Renda sobre lucros e dividendos. Isso garantiria um auxílio melhor", pontua Freixo.

Já o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) lembra que foi a Câmara que garantiu um valor maior para o auxílio pago a informais, autônomos, microempreendedores e desempregados. "O auxílio emergencial de R$ 600, aprovado pelo Congresso contra a vontade de Bolsonaro, evitou uma catástrofe econômica e humanitária ainda maior. E olha que o governo só queria aprovar R$ 200", conta Molon. "Continuaremos lutando pelo auxílio de R$ 600 para garantir dignidade para o nosso povo", afirma.

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