Quando se somam caminhões e ônibus novos às vendas de automóveis e veículos comerciais leves, a queda foi de 16,71% na comparação anual e de 2,20% na comparação mensal, com o emplacamento de 167.384 unidades.
Já quando se considera o emplacamento de todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), a retração foi de 17,48% na comparação com fevereiro do ano passado, com a comercialização de 242.080 unidades. Já na comparação com janeiro deste ano, o recuo foi de 11,68%.
Argumentação
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a falta de componentes para normalizar a produção e o aumento de casos de covid-19 [a doença provocada pelo novo coronavírus] podem explicar a retração.
“Na indústria, mesmo com os esforços das montadoras para aumentar a produção, a falta de disponibilidade de peças e componentes ainda persiste, fazendo com que algumas fábricas tivessem de paralisar, temporariamente, a produção em fevereiro, afetando, de forma importante, a oferta de produtos. Além disso, o aumento dos casos de covid-19, o que provocou o retrocesso da abertura do comércio em várias cidades, também contribuiu para a queda de vendas do mês de fevereiro”, disse.
Outro problema que, segundo ele, ajudou a provocar o recuo nas vendas foi o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado de São Paulo.
“Os preços dos veículos, tanto novos quanto usados, ficaram mais caros em São Paulo, em função do aumento de alíquota do ICMS, que passou de 12% para 13,3% para veículos novos e de 1,8% para 5,53% para usados, tornando os negócios das concessionárias e lojistas quase que impraticáveis”, finalizou.