Publicado 06/03/2021 18:56
Em meio à crise gerada na Petrobras e o quinto aumento consecutivo dos combustíveis nas refinarias em 2021, o preço médio da gasolina rompeu a barreira dos R$ 5, enquanto o valor do diesel ultrapassou os R$ 4. As informações constam em levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de meios de pagamentos e gestão de frotas.
O preço médio da gasolina comum no Brasil subiu 6,57% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Já o diesel aumentou 6,16% no período. Nesta terça-feira (2), o valor dos dois combustíveis foi reajustado em mais 5% nas refinarias.
Alta da gasolina
O preço médio da gasolina comum no Brasil subiu 6,57% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Já o diesel aumentou 6,16% no período. Nesta terça-feira (2), o valor dos dois combustíveis foi reajustado em mais 5% nas refinarias.
Alta da gasolina
Com o maior percentual de alta desde o começo da curva ascendente iniciada em maio de 2020 – no total, já são nove meses de elevação consecutiva –, o preço médio do litro da gasolina no país passou pela primeira vez a barreira dos R$ 5, chegando R$ 5,162.
Em fevereiro, conforme a ValeCard, as maiores altas do preço foram registradas no Amazonas (7,81%), no Paraná (7,65%) e no Distrito Federal (7,93%). Por outro lado, Paraíba (4,84%) e Alagoas (5,23%) foram os Estados onde ocorreram as menores variações no valor do combustível no período.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 27 de fevereiro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que Rio Branco tem o preço mais alto entre as capitais, e Curitiba, o mais baixo.
Em fevereiro, conforme a ValeCard, as maiores altas do preço foram registradas no Amazonas (7,81%), no Paraná (7,65%) e no Distrito Federal (7,93%). Por outro lado, Paraíba (4,84%) e Alagoas (5,23%) foram os Estados onde ocorreram as menores variações no valor do combustível no período.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 27 de fevereiro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que Rio Branco tem o preço mais alto entre as capitais, e Curitiba, o mais baixo.
As capitais do Paraná (R$ 4,726) e de São Paulo (R$ 4,762) foram as que apresentam preços menores em fevereiro. Já Rio Branco, no Acre, foi a capital com maior preço médio (R$ 5,459), seguida do Rio de Janeiro (R$ 5,454).
Diesel
O preço do diesel, que também foi reajustado em 5% nas refinarias nesta terça-feira (2), subiu 6,16% em fevereiro na comparação com janeiro. O valor médio do combustível no segundo mês do ano foi de R$ 4,032 – no mês anterior, era de R$ 3,799.
As maiores altas no período foram registradas no Espírito Santo (8,84%) e no Paraná (7,4%). Já as menores variações ocorreram no Amapá (2,16%) e Roraima (2,58%).
O preço do diesel, que também foi reajustado em 5% nas refinarias nesta terça-feira (2), subiu 6,16% em fevereiro na comparação com janeiro. O valor médio do combustível no segundo mês do ano foi de R$ 4,032 – no mês anterior, era de R$ 3,799.
As maiores altas no período foram registradas no Espírito Santo (8,84%) e no Paraná (7,4%). Já as menores variações ocorreram no Amapá (2,16%) e Roraima (2,58%).
Alta do dólar
O gerente da filial de São Paulo da ValeCard, Leandro Ferraz, explica que os preços do combustível no país estão atrelados ao preço mundial do petróleo e ao valor do dólar, o que explica os sucessivos aumentos registrados recentemente. “Em 2020, tivemos uma redução no preço do combustível, porque caiu a procura por conta da pandemia. Mas agora o petróleo voltou a subir, e a Petrobras repassa esse valor para o consumidor ", analisa Ferraz.
O gerente da filial de São Paulo da ValeCard, Leandro Ferraz, explica que os preços do combustível no país estão atrelados ao preço mundial do petróleo e ao valor do dólar, o que explica os sucessivos aumentos registrados recentemente. “Em 2020, tivemos uma redução no preço do combustível, porque caiu a procura por conta da pandemia. Mas agora o petróleo voltou a subir, e a Petrobras repassa esse valor para o consumidor ", analisa Ferraz.
“Outro fator que afeta diretamente é a variação do valor do dólar. Importamos combustível e fazemos o pagamento em dólar. Com a desvalorização do real, estamos pagando mais caro”, acrescentou ele.
Já o economista e sócio da Acqua Investimentos Musa, alerta que o risco fiscal brasileiro, com o nível de endividamento se aproximando de 95% em relação ao PIB, também contribui, de forma indireta, para a desvalorização do real frente ao dólar e, como consequência, o constante aumento no preço dos combustíveis no país.
Já o economista e sócio da Acqua Investimentos Musa, alerta que o risco fiscal brasileiro, com o nível de endividamento se aproximando de 95% em relação ao PIB, também contribui, de forma indireta, para a desvalorização do real frente ao dólar e, como consequência, o constante aumento no preço dos combustíveis no país.
“O importante é nós fazermos nossa lição de casa, de arrumar o nosso quadro fiscal. Caso contrário, o preço vai continuar subindo, não só por uma questão da gasolina em si, mas sim do câmbio defasado por questões macroeconômicas brasileiras, com fundamentos completamente deteriorados, que vão continuar puxando o preço para cima, além de um ciclo de commodities que faz o preço subir naturalmente", afirmou.
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