A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que as contas de luz vão ficar mais caras a partir do mês de maio. A agência informou que irá aplicar a bandeira vermelha no primeiro patamar e isso significa uma cobrança adicional de R$ 4,169 para o consumo de cada 100 quilowatts-hora.

Após o mês de abril vigorar com a bandeira tarifária amarela, a Aneel explicou que o quarto mês do ano marca o fim do período de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica.

De acordo com a Aneel, o período úmido 2020-2021 registrou a pior entrada de água no reservatório das hidrelétricas da História do SIN, que é medido desde 1931. Com isso, passa a ser necessária a maior utilização das usinas térmicas, que são mais caras.

"Em maio, inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques reduzidos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos e o preço da energia no mercado de curto de prazo", afirmou a entidade.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel com o objetivo de recompor os gastos extras com a utilização de energia gerada por meio de usinas térmicas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.

Em um mês que chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais térmicas para garantir o suprimento de energia no país. Com isso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.