Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGEDivulgação
Publicado 12/08/2021 13:08
O setor de serviços cresceu 1,7% na passagem de maio para junho, acumulando ganho de 4,4% nos últimos três meses. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o setor não só ampliou o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia, já que se encontra 2,4% acima de fevereiro do ano passado, como também alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016. 

Em relação a junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1%, quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor cresceu 9,5%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. No entanto, mesmo com o avanço, o setor ainda está 9,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
O desempenho do setor no último mês foi puxado por todas as cinco atividades investigadas, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,5%), que alcançou o ponto mais alto de sua série. As áreas de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%) também se sobressaíram no período.

Com menores impactos no índice geral, vieram os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os outros serviços (2,3%), que mostraram crescimento acumulado no período maio-junho de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

"Embora todas as atividades tenham avançado, esse resultado se deve, principalmente, a um conjunto de serviços que se beneficiou da própria pandemia ou não foi tão afetado por ela. São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica", explicou o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“São serviços que foram impulsionados desde meados do ano passado, como os serviços de tecnologia da informação, consultoria empresarial, serviços financeiros auxiliares, transporte de carga, apoio logístico e armazenagem de mercadorias, por exemplo. Esses segmentos não estão correlacionados com a prestação de serviços presenciais, e estão mostrando um dinamismo significativo, colocando o setor de serviços, em junho de 2021, no patamar de maio de 2016”, acrescentou.
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Em junho, 23 das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços, frente ao mês anterior. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (5,4%), seguido por São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%).
Por outro lado, Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%) registraram as únicas retrações no período, enquanto Alagoas (0,0%) ficou estável.
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