Jair Bolsonaro (sem partido)Marcos Correa/PR

A economia no Brasil piorou nos últimos meses para 69% dos brasileiros. De acordo com pesquisa Datafolha, publicada pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira, realizada entre os dias 13 e 15 deste mês. O percentual está próximo dos maiores patamares registrados nos levantamentos da pesquisa. 
Em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o índice chegou a 82%, enquanto, no governo de Michel Temer (MDB), no período de junho de 2018, o levantamento registrou o patamar de 72%.
Entre os apoiadores do governo, 31% indicam que a economia melhorou, enquanto para 36% piorou. Para 32%, a situação ficou como estava.
A pesquisa foi feira presencialmente, com 3.667 brasileiros em 190 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Em 2019, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o questionamento já havia sido feito e a pesquisa indicou em torno de 35%. Mas, agora, em setembro de 2021, a pergunta retornou para a pesquisa. Nos levantamentos feitos no ano passado, após o início da pandemia da Covid-19, a Datafolha não havia perguntado aos brasileiros. 
Mulheres mais descrentes
De acordo com o Datafolha, a situação econômica no país piorou para 74% das mulheres, enquanto para os homens 62%. Quando se analisa as faixas etárias, entre 16 e 44 anos, houve uma piora de 70%, já acima dessa idade alta de 65%. Para evangélicos, a economia teve piora de 62% e 71% dos católicos.
A piora da economia cai de acordo com o aumento da renda do entrevistado. Na faixa de até dois salários mínimos, é de 70%, enquanto acima de dez salários mínimos é de 62%.

Na escolaridade, a pesquisa indicou o contrário, já que representa 64% das pessoas com Esnino Fundamental, enquanto, para quem tem Ensino Superior, 74% dos brasileiros afirmaram que a situação da economia piorou.
Por região, a economia fica em 70% no Sudeste e Nordeste e em 65% nas outras regiões. Por ocupação, ressalta que o índice elevado entre assalariados sem registro é de 77%, enquanto para os estudantes chegou a 74% e, por fim, é menor entre empresários, de 54%.
Próximos meses
Ao serem questionados sobre os próximos meses, 39% dos brasileiros acreditam que a situação vai piorar, contra 35% na pesquisa anterior de julho deste ano. Em março, esse levantamento havia registrado o recorde de 65%, no período em que o pagamento de auxílio emergencial não estava sendo liberado pelo governo federal. 

Em 2020, após o início da pandemia, 41% tinham expectativa negativa e, no início do governo atual, eram 18%.

O índice de quem acredita que a economia do Brasil vai melhorar também teve erro na margem. Em julho 30% colocaram suas fichas, enquanto em setembro deste ano 28%. Em março, 11% dos entrevistados estavam otimistas, enquanto, no início do governo, era 50%.