Instalações de kit-GNV no primeiro semestre de 2021 cresceram 70% no estado do Rio de JaneiroDaniel Castelo Branco/Agência O Dia/ Arquivo
Ao incluir os meses de julho e agosto/2021, a alta nas instalações de kits GNV em todo o país sobe para 80%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. No estado do Rio, esse índice aumentou 44%, o que representa dois terços do total do país. No entanto, ainda há espaço para recuperação no volume de instalações de GNV ao considerar o comparativo com o primeiro semestre de 2019, por exemplo, que fica 9% a frente do resultado do primeiro semestre de 2021. No Rio, o segundo trimestre desse ano marcou o retorno do número de conversões ao patamar do mesmo período em 2019, ante, portanto, da pandemia.
A procura pelo GNV cresceu ainda mais este ano devido ao custo do preço da gasolina. Somente este ano, o combustível teve 15 reajustes, e acumula uma alta de 63% nas refinarias. Assim, o Gás Natural Veicular passou a ser alternativa para motoristas. Segundo a Firjan, no Brasil, para cada real gasto com GNV, o motorista roda duas vezes mais em comparação a gasolina e ao etanol. No estado do Rio, essa relação é de 2,5 vezes.
IPVA mais barato só até 15 de dezembro
A federação destaca ainda que no Rio de Janeiro o combustível é mais procurado. O estado lidera com 75% do total de veículos que adotam o uso no país. Vice-presidente da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa), Celso Mattos afirma que o dono de veículo tem somente até 15 de dezembro para fazer a conversão.
“Esta é a data-limite para concluir a conversão, depois disso há um prazo de cerca de uma semana para levar o documento ao Detran e solicitar o desconto. O GNV no Rio é um caso de sucesso não somente pelo desconto do IPVA, que o torna mais atrativo, mas tem ainda a redução de níveis poluentes para a sociedade”, disse Mattos, citando os benefícios à saúde que a diminuição de poluição traz.
Proprietários de carros movidos a GNV têm desconto no IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) em vários estados. No Rio de Janeiro, o pagamento não é dos 4% da alíquota convencional, mas de 1,5%.
Com o aumento da demanda, Celso Mattos também observa um crescimento na geração de empregos. “Quando há aumento na demanda das instalações, gera novos empregos e, consequentemente, mais receita e renda para o estado. Ou seja, é um ciclo virtuoso”, destaca.
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