Restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registraram queda anual de 4,4% no faturamento em outubroMarcelo Camargo/Agência Brasil
Faturamento de restaurantes tem queda anual de 4,4% em outubro
Dados, que avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período, mostram também uma leve redução no valor gasto nos supermercados (-0,6%)
Restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registraram queda de 4,4% no faturamento em outubro, em comparação com o mesmo mês de 2020, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Os dados, que avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período (ou seja, são calculados em termos reais), mostram também uma leve queda no valor gasto nos supermercados (-0,6%).
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) revelam ainda baixa de 0,5% na quantidade de vendas e de 3,1% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação no mês de outubro.
"Mesmo com a reabertura e avanço da vacinação, o setor de restaurantes ainda enfrenta um cenário difícil. Uma das justificativas é a inflação, que acaba pressionando o segmento a repassar os aumentos para os clientes, associada a fraqueza econômica e queda na renda dos brasileiros", destaca Cesario Nakamura, presidente da Alelo.
Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de outubro, em comparação com o mesmo período de 2020, indicam que o segmento encerrou o período com aumento de 6,1% na quantidade de vendas. No mais, o número de estabelecimentos que realizou pelo menos uma venda registou alta de 2,8%.
Perspectiva pré-pandemia dos indicadores
Quando observamos as variações calculadas comparando 2021 com 2019, período pré-pandemia, o ICR mostra queda nos três indicadores em outubro: -27,6% no faturamento, -44% na quantidade de vendas e -4,7% no número de estabelecimentos que realizou transações.
Já ao ter como base o comportamento de consumo em supermercados, de acordo com o ICS, observamos um aumento de 2,6% no faturamento e 3,9% no número de estabelecimentos que registrou ao menos uma transação, enquanto houve queda de 9,2% no quantidades de transações.
Segundo os pesquisadores da Fipe, a avaliação dos resultados de outubro de 2021 tem como destaque a deterioração do consumo em restaurantes em todas as aberturas do indicador (número de estabelecimentos, volume de transações e valor das transações) tanto na comparação em 12 meses (outubro de 2020) quanto em 24 meses (outubro de 2019). Isso implica reconhecer que o desempenho do consumo do segmento não reagiu como se esperava, até o referido mês.
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.
Dados regionais
Em termos regionais, adotando como parâmetro a variação do valor gasto em restaurantes entre outubro de 2019 e outubro de 2021, é possível evidenciar um maior impacto na região Centro-Oeste (-29,1%). Entre as demais, a queda no valor total gasto foi de: Sudeste (-27,9%), Sul (-26,4%), Nordeste (-25,6%) e Norte (-24,8%).
Individualmente, as unidades federativas mais impactadas em outubro foram: Rio de Janeiro (-37,3%), Distrito Federal (-35,7%), Rio Grande do Sul (-33,0%), Amazonas (-31,8%), Piauí (-31,5%) e Bahia (-31,4%). Já entre as unidades com aumento e/ou quedas menos expressivas, destacaram-se: Acre (+29,1%), Roraima (+16,2%), Rondônia (+7,8%), Amapá (+4,7%) e Maranhão (+1,8%). Finalmente, vale citar as variações em: São Paulo (-25,7%), Minas Gerais (-28,8%), Paraná (-24,7%), Santa Catarina (-21,5%) e Pernambuco (-27,1%).
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