Publicado 07/02/2022 11:45 | Atualizado 07/02/2022 11:53
Rio - Após esgotar em poucos dias todas as vagas abertas em novembro, o projeto A Arte Gerando Renda abrirá 150 novas oportunidades para oficinas gratuitas de maquiagem social, maquiagem artística, decoração de unhas, artesanato, fantasias e adereços e turbantes e tranças afro, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Durante a pandemia, mais de quatro mil alunos participaram das aulas online, sendo 97% mulheres. Esta é a sexta edição do projeto que já passou pela Cidade de Deus, Rocinha, Acari, Maré, Água Santa e Coelho Neto.
As inscrições vão começar na próxima segunda-feira, 14, e deverão ser feitas na Rua General Sampaio, 74, fundos - Caju, local onde acontecerá o projeto. Para participar é necessário ter mais de 15 anos e apresentar comprovante com as duas doses da vacina contra a covid-19 ou de dose única. O foco são moradores das comunidades cariocas, mas o projeto é aberto a todos. Serão 10 semanas de aulas práticas, iniciando no dia 28 de março, e todo o material utilizado nos cursos é fornecido gratuitamente, sem nenhum custo para os participantes.
Gerando renda nas comunidades
Gerando renda nas comunidades
O fundador da ONG Favela Mundo, Marcello Andriotti, destaca que as alunas já saem com possibilidade de geração de renda imediata: "A cada aula desenvolvemos uma nova técnica, em cada uma das oficinas, o que facilita que as alunas possam ganhar dinheiro imediatamente, até mesmo dentro das próprias comunidades, onde a procura por serviços de trancistas, maquiadoras e designer de unhas é muito alta".
De aluna a professora
Outra forma de possibilidade de emprego é o aproveitamento de ex-alunas como professoras do projeto. Atualmente três ex-alunas, que se destacaram nos últimos anos no mercado de trabalho, foram contratadas para assumirem o posto de professoras.
"Eles acompanham de perto nosso desenvolvimento profissional, estimulando, dando dicas e vibrando a cada conquista nossa. É uma honra hoje estar à frente de uma turma, passar tudo que aprendi e poder me ver em cada aluna e saber que o futuro delas pode ser brilhante", conta Danielle Borges, professora de maquiagem artística, aluna do projeto em 2015, que atualmente tem sua própria empresa de maquiagem infantil.
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