Oportunidades de emprego para PCDs registram alta no Rio de JaneiroDivulgação
Publicado 24/05/2023 16:03
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, pelo menos, 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Mesmo que isso represente cerca de 24% da população, as situações de preconceito no ambiente corporativo ainda são comuns. Para driblar a situação, empresas trabalham políticas inclusivas, que contemplam a criação de vagas afirmativas para PCDs. Um levantamento do Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH, mostrou que nesse sentido, o Rio de Janeiro é o segundo estado mais disponibiliza vagas, sendo responsável pelas 10,2% das 10.834 abertas no mês de abril.
O estudo mostrou que São Paulo lidera o ranking, com 49,1% das oportunidades, ficando Minas Gerais em terceiro lugar no ranking, com 8,5%. O Rio Grande do Sul se consolida como o quarto estado que mais oferece vagas, com 7,1%, seguido do Paraná, com 5,2%.

Em escala nacional, as áreas com mais oportunidades para pessoas com deficiência estão: comercial (34,5%), administrativa (13,4%), logística (10,8%), industrial (6,9%) e alimentação (6,4%).

O estudo também mostrou especificações das vagas. Entre as oportunidades em aberto, 24,6% são destinadas a pessoas com deficiência física; 22,3% a deficientes auditivos; 21,9% a deficientes visuais; 13,8% a pessoas com deficiência mental; 11,6% a reabilitados; 5,9% a pessoas com deficiência psicossocial.

Cultura inclusiva em empresas para PcDs

Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, acredita que, além dos empregos destinados a PcDs, as empresas devem desenvolver políticas para tornar o dia a dia de fato inclusivo. "Não adianta o setor de recursos humanos criar vagas afirmativas e a empresa não ser acessível, com rampas de acesso, banheiros adaptados, elevadores e equipamentos. Também é fundamental trabalhar uma cultura organizacional que valorize a diversidade, com treinamentos aos gestores e trabalhadores e demais medidas que mostram o compromisso com a inclusão", alerta.

De acordo com a executiva, outra medida importante é estabelecer um canal aberto para que os funcionários possam apresentar sugestões, reclamações, problemas ou denunciar situações de discriminação.

"A tecnologia está à disposição para ajudar em situações como essa. Uma sugestão é promover encontros entre gestores e liderados para entender sobre os desafios da rotina. Durante essas reuniões será possível analisar como otimizar o trabalho, como a inclusão de softwares especializados e necessidade de adaptações em equipamentos e mobiliários", pontua.

Ana Paula ainda acredita que as empresas devem fazer uma varredura geral no que já estão aplicando hoje a fim de entender como podem valorizar e promover o bem-estar dos colaboradores em geral. No que diz respeito à promoção de inclusão, ela ainda incentiva a criação de eventos, programas de desenvolvimento e demais atividades para enriquecer o aprendizado e abrir mais oportunidades.
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