Na reta final para Réveillon e férias de verão, hotéis do Rio terão 'boom' de vagas temporáriasDivulgação
Publicado 30/11/2023 13:04 | Atualizado 30/11/2023 14:16
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Rio - A capital carioca, que já é considerada uma das cidades mais turísticas do mundo, e vem se destacando neste momento, espera receber um grande número de visitantes para o Réveillon e férias de verão. De olho na possibilidade de crescimento no segmento hoteleiro, a D11 Brasil — movimento de impacto social engajado no combate ao desemprego no país — vai oferecer capacitação gratuita para quem deseja atuar como garçom, auxiliar de cozinha, camareira e outras funções.
O foco das capacitações são os moradores das comunidades carentes, público que tradicionalmente enfrenta dificuldades para se capacitar e para se inserir no mercado de trabalho. As aulas profissionalizantes serão ministradas com o suporte de parceiros e mentores das áreas de conhecimento em gastronomia e hospitalidade.
"Combater o desemprego e criar oportunidades para quem precisa é o principal objetivo da D11 Brasil. A mão de obra qualificada é fundamental, e o governo, em parceria com organizações não governamentais, devem investir e apoiar programas de capacitação profissional nas favelas, o que temos tentado fomentar através de nossas formações", explica a CEO da D11, Zara Bulgari Carrano.
O movimento emerge como uma plataforma para oferecer formação e encaminhar ao mercado de trabalho pessoas em situação de vulnerabilidade social. "A capacitação local, com investimentos contínuos, assegura que o crescimento beneficie a sociedade, proporcionando oportunidades sustentáveis para comunidades menos favorecidas", acrescenta.
A organização já capacitou cerca de 100 pessoas, e até o final de 2024, a meta é profissionalizar mil pessoas que vivem em comunidades cariocas — como Rocinha, Vidigal e Santa Marta.
"A atuação da D11 no Rio de Janeiro foi a realização de um sonho possível através da parceria com a ONG Pedrinho Social, instituição com mais de 22 anos de história na cidade. Por meio dessa ação conjunta, desenvolvemos um projeto voltado para a formação de garçons e outras funções no segmento de hotelaria, inicialmente na Rocinha. Estamos empenhados em expandir, em breve, nossas atividades para mais favelas do Rio, como Santa Marta, e Vidigal, com a meta de capacitar 1000 pessoas até 2024 e, assim, transformar vidas”, comenta a CEO.
A formação mais recente aconteceu em setembro, na Rocinha, e contemplou 20 pessoas da comunidade. O curso teve aderência de várias mulheres inscritas no treinamento desta área, que é considerada uma das mais importantes para o setor de serviços — segmento expressivo para a economia brasileira.
Além dos participantes da Rocinha, participaram mais dez refugiados, em uma parceria com o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, da ONU (Acnur).
"Além da formação gratuita, os participantes são sempre encaminhados para colocação no mercado, por meio do contato com chefs renomados e com representantes da Rede Accor, nossa parceira e apoiadora dos programas da D11. Muitos dos alunos acabam sendo convidados a participar de processos seletivos, e já tivemos casos de participantes que saíram contratados", conclui Zara.
Investimento e crescimento do setor
Após um longo período da pandemia de covid-19, o setor de turismo voltou a crescer no Brasil. Segundo o relatório de 2023 da Panorama da Hotelaria Brasileira, produzido pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e HotelInvest, a previsão de investimento é de R$ 5,7 bilhões em hotéis urbanos até 2027.
Em 2022, a ocupação hoteleira alcançou a média de 70% na capital fluminense de janeiro a junho, de acordo com dados de uma pesquisa do HotéisRio. O número é maior do que todo o ano de 2022, no qual a cidade registrou 65% de ocupação. Em 2021, foram 48%.
Em dezembro do mesmo ano, o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) indicou que a temporada de Réveillon teve grande procura no estado. Com apenas três dias para a chegada do novo ano, a ocupação dos hotéis cariocas atingiu 92,51%.
Ainda segundo os dados do Sindicato, os bairros mais disputados foram os da Zona Sul, com destaque para Ipanema e Leblon, liderando com ocupação de 96,98%, seguidos por Flamengo e Botafogo (96,50%), Leme e Copacabana (95,84%), Barra da Tijuca e São Conrado (93,19%).
 
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