De acordo com Arida, a adoção de uma política social sem fiscalização 'tira a base de sustentação das políticas macroeconômica'Reprodução/Internet
Publicado 15/11/2022 13:11 | Atualizado 15/11/2022 13:21
O ex-presidente do Banco Central Persio Arida, membro da equipe de transição de governo, defendeu a necessidade de o Brasil avançar no âmbito fiscal e no social. Segundo ele, ambas caminham juntas, e não separadas, nem opostas. "Do ponto de vista substantivo, sabemos que responsabilidade fiscal e responsabilidade social vão juntas, elas não são separadas ou opostas", afirmou Arida, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) nesta terça-feira, 15, em Nova York.
E acrescentou: "É necessário avançar nos dois fronts, não vejo nenhuma oposição entre um e outro, pelo contrário: se avançar num front e não avançar no outro, mais cedo ou mais tarde vai ser incapaz de fazer qualquer avanço."
Arida entrou no tema após questionamentos quanto à reação do mercado financeiro na semana passada, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou "a tal da estabilidade fiscal" e defendeu a ampliação de gastos públicos para combater a miséria.
Ao falar a uma plateia de empresários, políticos, ministros e banqueiros, ele pediu desculpas por não poder trazer tantos detalhes dos planos do futuro governo, uma vez que integra a equipe de transição.
Segundo o ex-presidente do Banco Central, há inúmeros casos na América Latina, e mesmo no mundo desenvolvido, em que políticas sociais feitas sem responsabilidade fiscal geraram crise macroeconômica, que acabou inviabilizando as realizações sociais. Além disso, a adoção de uma política social sem fiscalização "tira a base de sustentação das políticas macroeconômicas", ponderou.
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