Lula ressaltou a necessidade de recuperar a aliança entre entes federativos e o governo federalReprodução/Redes Sociais
Publicado 16/11/2022 09:36

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu nesta quarta-feira, 16, que trabalhará para que o Brasil seja sede da 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Únidas, em 2025. O petista participou do evento realizado no estande do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, no qual governadores da região entregaram a ele o documento "Carta da Amazônia: uma agenda comum para a transição climática. Durante o discruso, Lula afirmou que o "Brasil não nasceu para ser um país isolado".
"Pode estar certo que vou falar com o secretariado da COP para fazer a COP no Brasil, na Amazônia", disse o petista, em resposta ao pedido feito minutos antes pelo governador do Pará, Helder Barbalho, para que o país seja a sede do próximo evento. O presidente eleito voltou a agradecer a Barbalho pelo convite para a conferência, lembrando que posteriormente foi convidado também pelo presidente do Egito.

Sobre a COP no Brasil, Lula disse que, considerando a estrutura necessária para receber um evento do porte da conferência, os estados mais prováveis são Pará ou Amazonas. "É importante que as pessoas conheçam a Amazônia e sua realidade concreta", afirmou, considerando a relevância dada pela comunidade internacional à região. Disse também que o governo pretende dialogar com prefeitos, para acompanhar quando não houver recursos e apoiá-los se necessário.

No discurso feito para um grande público que se abarrotava do lado de fora do estande, incluindo muitos estrangeiros, Lula ressaltou a necessidade de recuperar a aliança entre entes federativos e o governo federal. "Não é possível haver distanciamento de presidente, governadores e prefeitos", afirmou.

Ele ressaltou uma ideia que vem sendo repetida na COP-27 por lideranças brasileiras, a necessidade do Brasil retomar seu protagonismo no cenário global. "O Brasil não nasceu para ser um país isolado, é muito grande. O Brasil não pode ficar isolado como nos últimos quatro anos. Era como se o país estivesse bloqueado, mas era um bloqueio contra a antidemocracia", disse. "A democracia vai voltar a reinar no Brasil de forma permanente. O presidente da República tem obrigação de conversar com todos, independentemente de partido, religião e etc", completou.
Ao fim de sua fala, Lula reforçou que quer criar o Ministério dos Povos Originários e que precisará da atuação dos estados para a recuperação da floresta amazônica. "Para acabar com a fome, com o processo de degradação que as florestas estão passando, teremos que trabalhar muito."
Nas redes sociais, o presidente eleito garantiu que extenderá a discusão sobre o desmatamento a prefeitos para saber sobre as necessidade dos municípios: "Não temos que medir esforços para convencer as pessoas que uma árvore em pé vale mais que uma árvore derrubada. Não vamos discutir queimadas e desmatamento só em Brasília, vamos conversar com prefeitos, ver que recursos são necessários", escreveu.
*Com informações do Estadão Conteúdo


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