Publicado 04/10/2024 11:36 | Atualizado 04/10/2024 13:24
Rio - O candidato à reeleição no Rio, Eduardo Paes (PSD) afirmou que recebe com naturalidade os ataques recebidos pelos adversários nos dias finais da disputa eleitoral no primeiro turno. O prefeito reconheceu que sua gestão tem pontos a melhorar. "Todo o governo tem sempre ajuste para fazer. Eu admiti alguns problemas, por exemplo na questão dos medicamentos, nas clínicas da família", disse.
PublicidadeLíder com folga nas pesquisas, Paes foi o alvo principal do debate promovido na TV Globo na noite de quinta-feira (3). "É difícil, você sendo o candidato a reeleição, conseguir tratar de proposta, né? Apanha tanto. O tempo todo as pessoas criticando tudo da prefeitura. Você não tem tempo para responder. Acho que é normal, já esperava isso", avaliou.
Alexandre Ramagem defendeu que está em crescimento nas pesquisas e disse que terá mais chances de vencer a eleição se for ao segundo turno. "O atual prefeito tá num viés de queda. Nós temos tudo para chegar no segundo turno e ganhar essas eleições", concluiu. O ex-diretor da Abin no governo Bolsonaro minimizou a baixa presença do ex-presidente em sua campanha e afirmou que estará com Bolsonaro nos últimos dias até a votação.
"O presidente Jair Bolsonaro está andando o país inteiro, diversas prefeituras, não apenas as capitais. O presidente (Bolsonaro) vota no Rio de Janeiro. Estarei até o dia da eleição com ele", afirmou Ramagem.
Terceiro lugar isolado na disputa, Tarcísio Motta (PSOL) criticou a escassez de debate de televisão no período eleitoral do Rio. O candidato avalia que o campo progressista está com medo e desaconselhou o voto útil deste setor em Eduardo Paes no primeiro turno. "Eu fiz um esforço exatamente para que o medo não oriente o voto progressista na cidade do Rio de Janeiro. Acho muito ruim que a campanha do Eduardo Paes e vários dos seus aliados estejam apelando para o medo para decidir a eleição agora, quando na verdade o que a gente precisa é discutir a cidade do Rio de Janeiro", criticou.
A disputa do Rio contou apenas com o debate da TV Globo no período eleitoral e com o da TV Bandeirantes na pré-campanha. "A gente teve uma campanha absolutamente fria, sem debate na cidade do Rio de Janeiro. E aí, o pedido de voto útil agora, na minha opinião, é um desserviço à democracia e aí tô falando ao eleitor progressista", afirmou Tarcísio.
No período final da campanha, Eduardo Paes tem pedido o voto útil do eleitorado no primeiro turno para que a eleição acabe no domingo (6). "Eu tô tocando a prefeitura e é óbvio que uma campanha exige muito de um candidato. Eu quero voltar para minha rotina para tocar todas as minhas responsabilidades que não são poucas. A cidade tem muitos desafios. Então, se puder terminar no domingo maravilhoso. Se não puder, a gente disputa segundo turno", declarou Paes.
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