Publicado 27/10/2024 15:52 | Atualizado 27/10/2024 16:00
O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) se defendeu das declarações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disse, sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando eleitores a votarem nele, conforme mensagens interceptadas. O psolista afirmou, neste domingo (27), que as falas são "irresponsáveis e mentirosas" e entrou na Justiça contra o mandatário e o adversário nas eleições, Ricardo Nunes (MDB), por abuso de poder político e do uso dos meios de comunicação.
Publicidade"Acho que as pesquisas que devem estar fazendo, monitorando os colégios eleitorais, devem estar demonstrando a onda de mudança, de virada acontecendo na cidade, e partiram para o desespero absoluto. É o 'laudo falso' do segundo turno, no dia da eleição e usando a máquina na boca do governador do estado. É uma coisa inacreditável o que está acontecendo neste momento em São Paulo, para tentar influenciar as eleições e para mais uma vez, como fizeram na campanha toda, tentar botar medo nas pessoas", disse.
Boulos comparou a acusação ao laudo falso divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB), dias antes do primeiro turno. O ex-coach insinuou, ao longo da campanha, que o psolista realizava uso de drogas. Peritos da Polícia Civil, no entanto, comprovaram que o documento não era verdadeiro.
"Eu acionei a minha equipe jurídica e vamos entrar com todas as medidas cabíveis contra o governador e quem propagou essa mentira. Ele está dizendo que aconteceu? Então mostre. É a mesma coisa do laudo. Fiquei o primeiro turno inteiro tendo que responder sobre um ataque absurdo de uso de drogas", declarou.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) afirmou que não teve conhecimento e nem recebeu "nenhum relatório de inteligência nem nenhuma informação oficial sobre esse caso específico". A instituição declarou que Boulos "entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso dos meios de comunicação", contra Tarcísio e o candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).
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