Ao lado de Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF, Jair Bolsonaro teria costurado a possível queda de Tite Lucas Figueiredo/CBF
Por O Dia
Publicado 07/06/2021 16:09 | Atualizado 07/06/2021 16:12
Brasília - Com 24 trocas de chefia de ministérios, Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira qualquer participação na possível troca no comando da seleção brasileira. De acordo com o 'ge', Rogério Caboclo, presidente da CBF, afastado após a denúncia de assédio moral e sexual de uma funcionária, teria prometido a 'cabeça' do treinador após o movimento contrário a realização da Copa América no Brasil, que registra mais de 470 mil mortos durante a pandemia do novo coronavírus. Alinhado com o chefe do executivo, Renato Gaúcho, sem clube, seria a bola da vez.
"Minha participação na Copa América é abrir o Brasil para que ela fosse realizada aqui. Já temos quase tudo acertado, tudo certinho. Agora, no tocante a técnico, estou fora dessa, não tenho nada a ver com isso aí", afirmou Bolsonaro. 
Publicidade
O governo federal tem sido alvo de críticas por conta da decisão de sediar a Copa América no auge da pandemia e com o temor de uma terceira onda. Após o confronto com o Paraguai, terça-feira, em Tite e os jogadores da Seleção devem divulgar um manifesto em conjunto com a posição do grupo. No entanto, a queda provisória de Caboclo, com promessa de ser definitiva, aliviou a tensão e o boicote à competição foi descartado. A estreia será contra a Venezuela, dia 13, no Mané Garrincha.
"Cada um tem na sua cabeça uma seleção e um técnico. Eu tenho a minha também, que falo para os meus amigos aqui. Para vocês, não falo, porque estão gravando aí", completou
Publicidade
Devido ao afastamento de Caboclo pelo Comitê de Ética da CBF, a possível demissão de Tite perdeu força. Com o apoio do irrestrito do grupo, o treinador sai revigorado do polêmico episódio e respaldado pelos 100% de aproveitamentos na Eliminatórias. Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, assume a presidência da entidade com a missão de conter a crise, frustrando os planos do 'torcedor' Bolsonaro.
Desde a noite da última quinta-feira, a hashtag #ForaTite, movimento pedindo a demissão do técnico da Seleção brasileira cresceu nas redes sociais de bolsonaristas, após as críticas veladas à realização da Copa América no Brasil, com a promessa de esclarecer sua posição no pós-jogo contra o Paraguai, terça-feira, em Assunção. A entrevista de Tite foi criticada pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que chamou o treinador de "puxa-saco de Lula" e "hipócrita".

Leia mais