Técnico do Valencia condena racismo, mas ataca Vini Jr: 'Devemos pedir respeito aos torcedores'

Espanha - O treinador do Valencia, Rubén Baraja, condenou o caso de racismo sofrido pelo atacante Vinícius Junior, no último domingo (21), na vitória do clube sobre o Real Madrid pelo placar de 1 a 0. Entretanto, o técnico atacou o brasileiro, afirmando que ele deve respeito e desculpas aos torcedores.

"Nós, Valencia, eu, principalmente, condenamos absolutamente qualquer insulto racista. Se por um lado pedimos respeito aos jogadores do Real Madrid, por outro também devemos pedir respeito aos nossos torcedores, certo? Porque quando você faz gestos ou de alguma forma faz com que essa situação ocorra, você também um pouco incitando o problema a não ser resolvido, certo?", declarou Rubén Baraja.

"Estou convencido de que Vinicius é um grande jogador e pedirá perdão porque acho que acho que sua maneira de agir não foi apropriada ao que eu acho que deveria ser o comportamento de um jogador em campo. Também estamos pedindo perdão se, em algum momento, ele tiver sido ofendido - disse o treinador do Valencia.", concluiu.

Rúben Baraja já havia sido previamente criticado por ignorar o caso de racismo em postagem nas redes sociais. O treinador colocou na legenda da foto que "nada deve manchar ou se distrair da felicidade" Nos acréscimos da partida, Vini Jr se envolveu em uma confusão com o goleiro Mamardashvili e o atacante Hugo Duro, que aplicou um "mata-leão" no brasileiro. Na tentativa de fugir do golpe, o jogador do Real Madrid acertou o espanhol no rosto e, após revisão no VAR, apenas ele foi expulso. Em meio de xingamentos racistas como "mono", macaco em espanhol, vindos da torcida do Valencia, Vini Jr saiu do campo fazendo um "dois" em sua mão, supostamente trazendo alusão à briga dos "Morcegos" contra o rebaixamento nesta temporada.

O caso se tornou polêmico após as críticas públicas de parte da imprensa espanhola e, principalmente, do presidente da La Liga, Javier Tebas, sobre Vini Jr. Em publicação nas redes sociais, o mandatário defendeu a competição, após o brasileiro criticá-la pela falta de impunidade aos racistas durante a temporada.