Daniel Alves terá liberdade para aguardar as análises do processo em instâncias superioresJosep Lago / AFP
Publicado 21/03/2024 10:09
Rio - A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, desconversou sobre como o brasileiro conseguirá dinheiro para quitar a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões) imposta pela Justiça espanhola para que ele recebe liberdade provisória. Ao visitar o cliente na prisão, na última quarta-feira (20), ela foi questionada por jornalistas se o pai de Neymar é quem fará o pagamento, conforme revelado pela imprensa espanhola.
“Eu não sei”, limitou-se a dizer a advogada ao deixar a cadeia.
Daniel Alves está em disputa judicial com sua ex-mulher, Dinorah Santana, e por isso teve as contas bancárias bloqueadas no Brasil. Na Espanha, ele também teve valores bloqueados desde o início da acusação de estupro.
Por isso, segundo o jornal "La Vanguardia", Daniel recorrerá novamente ao pai de Neymar. Ele já tinha pedido auxílio para pagar os 150 mil euros (R$ 817 mil) de indenização à vítima, que ajudaram a reduzir sua pena. O empresário definiu o ato como "ajuda a um amigo" e se colocou à disposição do ex-companheiro de seu filho para socorre-lo novamente, caso fosse necessário.
Liberdade provisória
Antes de conseguir a liberdade provisória, Daniel Alves teve cinco pedidos negados pelo Tribunal. A principal alegação para o veto era o alto risco de fuga do brasileiro, devido a seu poder econômico.
Além da fiança de 1 milhão de euros, Daniel Alves terá que seguir outras determinações da Justiça espanhola. Ele está proibido de deixar o país e precisará entregar seus dois passaporte (brasileiro e espanhol), além de comparecer semanalmente ao Tribunal Provincial, com o intuito justamente de amenizar o risco de fuga. O ex-lateral também não poderá ter qualquer contato com a vítima.
Condenação
O Tribunal de Justiça de Barcelona anunciou no dia 22 de fevereiro a condenação de Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão, por considerar que foi "comprovado o estupro", e também determinou uma ordem de restrição para que ele não se aproxime da vítima por nove anos.
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