Publicado 22/03/2024 18:10
Rio - O advogado Jacopo Gnocchi, representante da vítima de Robinho, condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana e preso na noite da última quinta-feira (22) pela Polícia Federal para cumprir a pena no Brasil, contou, em entrevista à ESPN, como foi a reação da jovem de 24 anos com a condenação do ex-jogador.
"Falei com ela, está claramente feliz. Mas como alguém pode ficar feliz com esses eventos? É um momento muito forte, porque finalmente viu o culpado (Robinho ser preso), depois de tudo que ela sofreu e o que aconteceu, ele (Robinho) finalmente foi colocado na prisão. Portanto, psicologicamente é um momento muito impactante. É o fim de um processo judicial também. A garota seguiu em frente e está vivendo a sua vida.", disse Jacopo.
Robinho foi condenado pela última instância judicial italiana em 19 de janeiro de 2022 por violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa que comemorava 23 anos em uma boate em Milão, na Itália. Em sete anos de processo, a vítima compareceu em todas as audiências, diferentemente do ex-jogador, que não apareceu em nenhum julgamento nas três instâncias em que seu processo esteve envolvido.
"Digamos que agora foi um momento forte, como foi no início do julgamento. Ela particiou disso diretamente, participando de todo o processo, em todas as audiências, em todos os níveis de julgamento. Robinho e outros condenados fizeram uma escolha processual diferente. Eles nunca apareceram perante os juízes. Eles enviaram seus advogados. E a garota, hoje, está absolutamente satisfeita, mas é certamente um momento muito, muito forte.", afirmou o advogado.
Caso Robinho
Em 2022, o ex-jogador foi condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem mulher de origem albanesa. O caso aconteceu em 2013, em Milão.
Robinho foi condenado por todas instâncias da Justiça da Itália a nove anos de reclusão por participar de crime de estupro coletivo contra uma jovem albanesa, ocorrido em uma boate de Milão, na Itália, em 2013. Entretanto, o atleta nunca foi preso, pois deixou o país antes da condenação final. Ele alega inocência. Por isso, as autoridades italianas solicitaram que a pena seja cumprida no Brasil.
Com isso, a justiça italiana requereu uma homologação de sentença, ou seja, pediu que a decisão ocorrida na Itália pudesse ter efeitos no Brasil. Vale ressaltar que o STJ não realizou novo julgamento sobre o caso ocorrido em 2013 ou discutiu a decisão tomada pelos italianos. À RecordTV, Robinho alegou ter provas de sua inocência e acusou a justiça italiana de racismo.
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