Endrick saiu do banco de reservas para garantir a vitória da seleção brasileira sobre a InglaterraAFP
Publicado 24/03/2024 13:30
Com apenas 17 anos, Endrick confirma toda a expectativa criada em cima dele a cada vez que consegue um feito importante. Depois de comandar o Palmeiras na conquista do título do Brasileirão de 2023, ele mostra mais uma vez que é diferente, ao marcar o primeiro gol com a seleção brasileira e garantir a vitória sobre a Inglaterra em pleno Wembley. Diante de tanta animação com seu desempenho, o jovem atacante tenta frear a empolgação, mas também avisa que quer muito mais.
"Agradeço por todas as pessoas estarem me conhecendo. É só o começo, sou garoto muito novo e não ganhei nada na minha vida. Tenho que batalhar ainda mais", afirmou em entrevista aos jornalistas após o amistoso.
Comprado junto ao Real Madrid, Endrick rendeu ao Palmeiras, até o momento, R$ 251 milhões e pode aumentar se bater mais metas até junho, quando se apresenta ao novo clube. O alto valor gasto em uma promessa rendeu dúvidas a muitos críticos, mas o jogador de 17 anos tem mostrado em campo que mereceu o investimento.
"Infelizmente pessoas diziam que eu seria ninguém. Não sou melhor que ninguém, mas tirei isso da minha cabeça. Pensei na minha família, me concentrei e hoje (sábado) pude fazer o gol que meu irmão pediu", disse.
E o gol marcado tem muito simbolismo além de ele se apresentar ao mundo do futebol. Aos 17 anos de 246 dias, Endrick se tornou o quarto mais jovem a marcar pela seleção brasileira, ficando atrás somente de Pelé (16 anos e 257 dias), Edu (16 anos e 306 dias) e Ronaldo (17 anos e 228 dias).
De quebra, tornou- se o jogador mais novo a balançar a rede por seleções em Wembley. E seu primeiro gol pelo Brasil foi exatamente no mesmo dia de outro grande do futebol: Ronaldo Fenômeno.
"Fiquei sabendo no final (sobre a coincidência). Po, fico agradecido porque já falei com Ronaldo. É muito importante para mim", avaliou o jogador do Palmeiras, que completou.
"Para mim, todos os gols são importantes. Tantos os pelo Palmeiras quando pela Seleção, desde a olímpica até a da base. Amo fazer gol e é isso que vou procurar fazer ao longo da carreira".
E diante de tanta emoção com um feito tão importante, Endrick admitiu ainda a falta de experiência comum nos jovens, o que o atrapalhou na hora de fazer o segundo, na cara do goleiro, no último lance do amistoso de sábado (23).
"Pequei um pouco no final. Creio que é normal. Estava só pensando no gol, sensação única", admitiu.
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