Publicado 16/05/2024 13:41
Rio - O ex-lateral e comentarista Júnior foi mais um dos ícones do futebol que homenageou Washington Rodrigues, lenda do jornalismo esportivo carioca e ex-colunista de O DIA e Meia-Hora, que morreu aos 87 anos na noite da última quarta-feira (15). O Maestro exaltou a trajetória de Apolinho e lembrou de momentos em que se encontrou com o jornalista tanto dentro quanto fora de campo. Além disso, destacou a imparcialidade do radialista, flamenguista declarado.
Publicidade"Comecei com o Washington em 1974, 50 anos atrás. Eu começando minha carreira, e ele fazendo ponta (reportagem feita atrás do gol). Convivi com ele, principalmente, no meu período de jogador", iniciou Júnior, em entrevista à Rádio "CBN".
"Mesmo sendo Rubro-Negro, a imparcialidade dele foi uma coisa que sempre foi preservada nos seus comentários. Isso fez com que ele sempre fosse amado por todas as torcidas", complementou.
Júnior também ressaltou a coragem de Apolinho ao abraçar a oportunidade de ser treinador do Flamengo em 1995. O Maestro afirmou que o jornalista aceitou o cargo por ser o clube de seu coração.
"Não é normal um jornalista aceitar uma posição de treinador, ainda mais em um clube com a dimensão e a grandeza do Flamengo. Acho que foi um sonho dele, treinar o clube do seu coração. Acredito que poucas pessoas teriam essa coragem, principalmente sabendo da complicação que é ser treinador", disse o ex-lateral.
Júnior concluiu comentando uma frase icônica de Apolinho, que falava que ele era o "amigo dos amigos".
"Ele tem uma frase muito legal, que falava que ele era o 'amigo dos amigos'. Eu acho que a prova de generosidade dele vem exatamente dessa frase", concluiu.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Também foi colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA e comentarista de programas em diversas emissoras de TV, entre elas Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
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