Publicado 16/05/2024 16:53
Rio - O jornalista e apresentador Antero Greco morreu aos 68 anos, nesta quinta-feira (16), vítima de um câncer no cérebro, contra o qual lutou por quase dois anos. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para tratar o tumor.
PublicidadeSegundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer no Sistema Nervoso Central (SNC) ocupa o nono lugar no número de óbitos entre os homens. O câncer de SNC, formado pelo cérebro e a medula espinhal, representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de Sistema Nervoso Central são no cérebro.
Entre os principais sintomas do câncer no cérebro estão: perda de funções neurológicas; dores de cabeça; náuseas e vômitos; convulsões; dificuldades de equilíbrio; visão turva; mudanças de comportamento; sonolência acentuada e coma.
De acordo com o Inca, não é qualquer tipo de dor de cabeça comum que levanta suspeita de câncer no cérebro, apenas quando ela apresenta algum sinal de alarme. São eles: surgimento de dor de cabeça em pacientes que nunca sentem esse tipo de dor, mudança do tipo de dor de cabeça, piora da intensidade (quando ela fica mais forte com o passar do tempo), aumento da frequência (quando a dor aparece mais vezes), ou quando a dor é fixa (toda vez ela aparece no mesmo lugar), dor de cabeça associada a vômitos.
Epilepsia ou outras crises convulsivas são um sinal de alerta principalmente quando o paciente apresenta a crise pela primeira vez, sem ter recebido o diagnóstico de epilepsia antes. Já a perda de funções neurológicas, também chamados de déficits focais, acontece quando há perda de força ou do tato nos membros; de visão ou de audição; alterações da fala ou da capacidade intelectual (compreensão, raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas); ou de comportamento (apatia, agitação ou agressividade) em relação ao padrão normal da pessoa.
Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias. O surgimento de uma ou mais dessas alterações deve ser sempre relatada ao profissional de saúde para que, em casos de câncer, tenha uma detecção precoce.
De acordo com o Inca, a detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Ela pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
"Na presença de um ou mais sintomas a avaliação médica é fundamental e deverá ser realizada o mais rápido possível, visto que geralmente o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento. As informações dadas pelo paciente e pelos familiares, aliadas aos exames físico e neurológico realizados na consulta médica serão fundamentais para as suspeitas de tumor do SNC", afirma o Inca.
Tratamento
Os tumores do Sistema Nervoso Central têm tratamento complexo e multi-disciplinar, envolvendo fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição, dentre outros. De acordo com o Inca, ele começa com o neurocirurgião, que avalia a possibilidade e indicação de procedimento neurocirúrgico para remoção do tumor ou de fragmento de tecido para biópsia. O material retirado na cirurgia é examinado pelo médico patologista para chegar ao diagnóstico definitivo. Os próximos passos do tratamento e a evolução da doença vão depender do tipo específico de tumor que consta no laudo histopatológico.
Após a confirmação do diagnóstico o paciente será avaliado pela Oncologia Clínica e pela Radioterapia, clínicas essas que, respectivamente, indicarão a necessidade ou não de tratamento quimioterápico e/ou radioterápico. Todo o seguimento e acompanhamento serão feitos em conjunto pelo neurocirurgião, pelo oncologista clínico e pelo radioterapeuta. Outras especialidades médicas também podem ser necessárias durante o acompanhamento, segundo informa o Inca.
Após a confirmação do diagnóstico o paciente será avaliado pela Oncologia Clínica e pela Radioterapia, clínicas essas que, respectivamente, indicarão a necessidade ou não de tratamento quimioterápico e/ou radioterápico. Todo o seguimento e acompanhamento serão feitos em conjunto pelo neurocirurgião, pelo oncologista clínico e pelo radioterapeuta. Outras especialidades médicas também podem ser necessárias durante o acompanhamento, segundo informa o Inca.
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