Deputado pede que presidente da Conmebol seja impedido de entrar no Brasil por seis meses

Rio - A declaração infeliz do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, dada na última semana após os sorteios das fase de grupo da Libertadores e da Sul-Americana continua repercutindo. O deputado federal Sidney Leite (PSD/AM) promoveu um pedido ao Governo Federal para que o dirigente seja considerado "Persona Non Grata" no Brasil de modo a impedi-lo de ingressar em solo brasileiro durante seis meses. As informações foram dadas em primeira mão pelo jornalista Venê Casagrande.

A situação ocorreu logo após os casos de racismo com jogadores do Palmeiras no Paraguai durante a disputa da Libertadores Sub-20. Ao ser perguntado sobre a possibilidade dos clubes brasileiros abandonarem a Libertadores por conta dos recorrentes casos de discriminação, sem punição por parte da entidade sul-americana, Alejandro Domínguez, piorou a situação de forma constrangedora.

"Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", afirmou Dominguéz, em referência à macaca que fazia companhia ao personagem nos filmes. Após a repercussão negativa de sua fala, o presidente da Conmebol publicou uma nota pedindo desculpas e afirmou que a expressão utilizada se trata de uma "frase popular".

"Em relação às minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A CONMEBOL Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros.

Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a CONMEBOL. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação."