Entrevista coletiva de Matheus Cunha, da seleção brasileira - Rafael Ribeiro/CBF
Entrevista coletiva de Matheus Cunha, da seleção brasileiraRafael Ribeiro/CBF
Publicado 23/03/2025 16:35
Brasília - Mateus Cunha reconheceu o bom momento da Argentina, atual campeã do mundo e bicampeã da Copa América, mas não a colocou em um nível acima da seleção brasileira. O meia-atacante explicou o ponto de vista durante a entrevista coletiva deste domingo, 23, e destacou o respeito que haverá dos dois lados no clássico.
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"Sinceramente, não considero. Acho que eles, por méritos, têm todo esse know-how que vêm apresentando, principalmente pelos títulos que conseguiram em sequência. Temos que respeitar e reconhecer o bom momento que eles vivem. Mas por capacidade, principalmente individual da nossa equipe, de tantos embates... Posso falar por mim. No meio-campo, joguei com o De Paul no Atlético de Madrid. Fim de semana sim, fim de semana não estou enfrentando um argentino. O Enzo (Fernández), o Mac Allister. Falo mais por perto da minha posição, principalmente pelos jogadores com quem posso ter enfrentamento dentro de campo", disse Matheus Cunha.
"Eu acho que temos um nível tão alto quanto o deles. Como todos sabem, o momento que eles vivem, por questão de confiança, pode ser um diferencial pré-jogo. Mas tenho certeza que, a partir do momento que entrarmos em campo, tanto eles quanto nós sabemos o respeito que terá dentro desse jogo. Dentro de campo é 11 contra 11. Tenho certeza que qualquer um que entrar vai demonstrar o melhor e fazer o possível para que a seleção brasileira volte com a vitória", completou.
O Brasil vai enfrentar a Argentina nesta terça-feira, a partir das 21h (de Brasília), no Estádio Monumental, em Buenos Aires. A partida é válida pela 14ª rodada das Eliminatórias. A Amarelinha soma 21 pontos e aparece em terceiro. Já a Albiceleste tem 28 e aparece no topo da tabela.
"Sem dúvida nenhuma, como Marquinhos falou, Brasil x Argentina é um jogo que todo mundo sempre sonha em jogar. Tem um peso diferente de qualquer outro jogo, mas a gente está muito tranquilo para saber que temos que fazer nosso melhor e impor dentro de campo o que a seleção brasileira é de verdade", afirmou Matheus Cunha.

Veja mais declarações de Matheus Cunha:

Matheus Cunha em ação durante jogo do Brasil - Rafael Ribeiro/CBF
Matheus Cunha em ação durante jogo do BrasilRafael Ribeiro/CBF
ESTREOU COMO TITULAR NA SELEÇÃO CONTRA A ARGENTINA
"Estar na Seleção é sempre um momento muito gratificante para todos os jogadores. Assim como você bem falou, estrear na seleção brasileira como titular num jogo contra a Argentina foi um momento mágico para mim. Ter a oportunidade de poder jogar outra partida dessa dimensão... Com certeza só agradeço e tento a todo momento fazer o meu melhor".
 
ENTROSAMENTO E CONVIVÊNCIA
"Muitos daqui já se conhecem há muito tempo. Temos um nível de exigência e competitividade muito alta. Já faz tempo que a gente vive nesse meio de proximidade, alguns momentos na Seleção de base, alguns momentos em confrontos diretos nos clubes. Quando estamos aqui, relembramos momentos que passamos juntos. Sem dúvida isso nos ajuda. Alguns jogam esses jogos no videogame, alguns jogam truco. Eu não sou muito dos jogos".
"Sou mais da resenha. A gente tem vários níveis de entrosamento. Acho que tem vários outros aspectos: uma conversa; um entendimento de jogo; um compartilhamento de memórias. Tudo isso é levado, apesar do pouco tempo, em consideração para que a gente possa, o mais rápido possível, estar em conjunto dentro do campo".
MOMENTO NO WOLVERHAMPTON
"O momento que eu venho vivendo no meu clube é de muita gratidão por tudo que eu trabalhei, por tudo que busquei, por todas as dificuldades que eu passei. Estar conseguindo demonstrar dentro de campo o bom momento que vivo é de suma importância para estar voltando aqui. Fico feliz por esse reconhecimento, principalmente do professor Dorival, por tudo que eu venho fazendo. Sem dúvida nenhuma, não quero parar por aqui. Quero continuar trabalhando, melhorando e evoluindo sempre que puder".
 
JOGAR COMO 9?
"Vestir a camisa da seleção brasileira na posição que for, vou entrar e tentar me doar ao máximo para ajudar e sair com a vitória. A gente sabe que está num momento de melhora do trabalho, de concretização de tudo aquilo que a gente vem fazendo. Estou voltando para a Seleção agora, mas sinto que os meninos que já estavam aqui há um tempo demonstram essa felicidade de estar evoluindo. Isso é contagiante. Acho que, no que eles precisarem de mim, vou estar bem e apto para retribuir da melhor forma possível".
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