Marquinhos é um dos líderes da seleção brasileiraRafael Ribeiro / CBF

Capitão da Seleção, Marquinhos falou sobre o clássico contra a Argentina, nesta terça-feira (25), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O zagueiro reconheceu que o rival vive um momento melhor que o Brasil, mas acredita que a equipe tem condições de quebrar o tabu de 16 anos e vencer os "hermanos" em casa.
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"Argentina x Brasil é sempre um jogo à parte, um clássico à parte, tem muita história envolvida. Todos os Brasil x Argentina foram assim, não tem um que foi diferente disso, um jogo difícil, aguerrido. Acredito que esse jogo de terça não vai ser diferente. São duas equipes que vivem momentos diferentes: a Argentina sendo campeã do mundo, com mais estabilidade no trabalho, a gente vindo com mudanças, mas cada vez mais se entendendo no estilo de jogo, tentando crescer a cada partida, a cada oportunidade de estar aqui. Independente do momento que as seleções vivam, vai ser sempre um jogo bom", disse o zagueiro.
O Brasil acumula uma sequência de quatro jogos sem vencer a Argentina. Em solo rival, o jejum no duelo é ainda maior, com 16 anos sem vitória. A última vez que a Seleção triunfou na casa dos argentinos foi em 2009, sob o comando de Dunga, em partida válida pelas Eliminatórias.

"Agora chegou a nossa hora de ganhar, já faz um tempo que a gente não ganha. Não vai ser fácil. Vai ser uma final de campeonato, um clássico grande para a gente. Essa é a mentalidade, a motivação, a energia, e tenho certeza que do outro lado não vai ser diferente. Temos que estar preparados para fazer um grande jogo", projetou.
O zagueiro também destacou a importância do aspecto mental e da disciplina. Marquinhos acredita que a catimba e a estratégia provocativa dos argentinos pode voltar a aparecer neste confronto.

"É um jogo que, com certeza, eles tentam nos desestabilizar na parte emocional, do contato físico. A gente conhece o estilo de jogo deles, sabe como é. O nosso forte é jogar bola, a gente vai lutar, fazer o nosso melhor, a cada bola como se fosse a última... Mas temos que explorar nossos pontos fortes e não deixar que aconteçam as circunstâncias que eles querem para nos desestabilizar, que o juiz esteja talvez com dificuldades para um lado. A gente tem que estar concentrado no nosso trabalho porque isso influencia, não podemos tirar nosso foco de jogar futebol", explicou.
Para o capitão, os jogadores do Brasil andam recebendo cartões de maneira rápida, sem muita explicação. Já para os Argentinos, conhecidos por um jogo mais violento e fisíco, não recebem punições parecidas.
"Os juízes estão muito rapidamente nos dando cartão por pouca coisa. Contra a Colômbia, eles tiveram uma sucessão de faltas e não tomaram amarelo, e na nossa segunda já tomamos amarelo. No jogo da Argentina, tiveram contatos, coisas piores que as nossas e não houve amarelo. São dois pesos e duas medidas, sabemos como são as Eliminatórias, essas competições," finalizou.

A Argentina lidera as Eliminatórias com 28 pontos e vem de uma vitória fora de casa contra o Uruguai. O Brasil, por sua vez, ocupa a terceira posição com 21 pontos, após vencer a Colômbia na última quinta-feira (20), no estádio Mané Garrincha. A bola rola para as duas seleções na próxima terça-feira (25), às 21h (de Brasília), no estádio Monumental, na Argentina.