Vinicius Assumpção, vice-presidente do Botafogo, conversando com membros de uma torcida organizada do clubeReprodução
Publicado 13/07/2021 12:16 | Atualizado 13/07/2021 13:17
Rio - O clima no Estádio Nilton Santos segue conturbado. Nesta terça-feira, grupo político “Botafogo Sem Medo” publicou nota defendendo o afastamento dos chamados “vice-presidentes amadores” após o início de semana marcado por protestos e indefinições no clube em relação à demissão do técnico Marcelo Chamusca.
No corpo do texto, o grupo vê o motivo em uma fala do vice-presidente Vinicius Assumpção em conversas com membros de uma torcida organizada do Botafogo. O dirigente afirmou que o clube não irá demitir Marcelo Chamusca sem ter um substituto já garantido.
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Ainda de acordo com o "Botafogo Sem Medo", a presença dos vice-presidentes amadores estaria afastando ainda mais o processo de profissionalismo do clube. Confira a nota publicada pelo movimento:
"O Botafogo sem Medo manifesta a sua preocupação com os seguidos atos de dirigentes amadores que prejudicam o trabalho dos profissionais do Botafogo. Defendemos a separação total entre social e futebol, com o completo afastamento de Vice-Presidentes amadores do processo decisório.

Em meio a fortes discussões sobre demissão ou não do técnico Marcelo Chamusca, um dirigente amador conseguiu uma bizarra terceira opção: a demissão pela metade (“não demitimos ainda porque outros não aceitaram vir”).

A atual diretoria foi eleita com a promessa do profissionalismo. E profissionalismo não existe pela metade. Se o presidente permite a convivência de Vice-Presidentes amadores nas tomadas de decisão, então as decisões não podem ser consideradas profissionais. Na convivência entre profissionalismo e amadorismo, o segundo sempre prevalece, e quem perde é o Botafogo.
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Um claro exemplo da influência de amadores no processo decisório foi retratado pelo jornal Lance! (24/06/2021), que noticiou — com óbvias informações vazadas — a existência de um “colegiado” formado pelo atual presidente, o diretor de futebol, o CEO e, inexplicavelmente, o Vice-Presidente Geral.

O futebol deve ser decidido pelos profissionais, como defendido na vitoriosa campanha que foi aprovada pelos sócios, sob a chancela e a blindagem política do presidente. Não há razão plausível para que Vice-Presidentes amadores participem de decisões da gestão.

Para o profissionalismo existir, o amadorismo tem que sair. O presidente Durcesio tem diante de si uma escolha clara: ou afasta os amadores ou os amadores afastarão de vez o profissionalismo. O Botafogo não tem mais tempo para ser instrumento para satisfazer a vaidade de dirigentes amadores."

 

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