Estádio Nilton Santos teve problema de energia em jogo do BotafogoArthur Barreto/Botafogo
Publicado 27/10/2023 17:23
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Botafogo, Athletico-PR, CBF e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) foram convocados pelo Ministério Público (MP-RJ) para prestar esclarecimentos sobre a decisão de adiar o jogo e retomá-lo sem público, por causa da falta de energia no estádio Nilton Santos. O processo faz parte do inquérito civil instaurado, nesta sexta-feira (27), pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital.
Os envolvidos terão 15 dias para manifestações. Em nota, o MP-RJ informa que "chama a atenção da Promotoria o fato de a CBF, com anuência dos clubes, ter suspendido e adiado o jogo para o dia seguinte, sem a presença de público pagante". O órgão também busca apurar o responsável e a causa da falta de luz durante o confronto entre Botafogo e Athletico-PR, no último sábado.
Com o pedido de inquérito, baseado na Lei Geral do Esporte e no Código de Defesa do Consumidor, o Botafogo pode ser obrigado a devolver o dinheiro da venda de ingressos aos torcedores. Afinal, o jogo foi paralisado aos cinco minutos do segundo tempo, no sábado, e retornou ao domingo com portões fechados, às 15h, e a torcida não pôde assistir do estádio o restante.
"O clube mandante deve, se não for excluída a sua responsabilidade objetiva pela integral prestação do serviço, reparar o dano material e moral, individual e coletivamente considerado, esta reparação sendo o principal foco da investigação", completa a nota do MP.
O Glorioso foi contra a continuação da partida sem a torcida, mas a determinação partiu polícia militar, devido ao clássico entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, a partir das 16h. Após 1 a 1 no sábado, as duas equipes retornaram a campo no domingo para jogar os cerca de 45 minutos restantes e o placar continuou o mesmo.

O que houve

Somente no primeiro tempo da partida, foram três interrupções por problemas de falta de energia no estádio, e cerca de 20 minutos de paralisação. O VAR, inclusive, não funcionou.
Após o intervalo, não demorou muito para a luz cair mais uma vez. A energia ficou fraca logo após a bola rolar, mas o duelo prosseguiu até os cinco minutos, quando precisou ser interrompido mais uma vez. Os dois times e o árbitro aguardaram o tempo protocolar de 60 minutos para a luz ser restabelecido, o que não aconteceu e o jogo foi paralisado.
A a Light, a fornecedora de energia da cidade do Rio de Janeiro, alegou que o problema era no estádio e não nos arredores. Já o Botafogo diz que houve um pico de energia que desestabilizou o sistema de energia do Nilton Santos, mas reconhece que o gerador do não foi suficiente para solucionar o problema.
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