Publicado 03/12/2023 20:24
O Botafogo entrou em campo já sabendo que a chance de título - outrora quase certo - era mínima, com a vitória do Palmeiras sobre o Fluminense. Por isso, teve no confronto contra o Cruzeiro a chance de voltar a vencer, além de dar uma resposta ao magoado torcedor. Só que o drama alvinegro aumenta a cada rodada, desta vez com o empate em 0 a 0 em pleno Nilton Santos, que o fez sair do G-4 do Brasileirão, caindo para o quinto lugar a uma rodada do fim.
De 13 pontos de vantagem na liderança ao risco real de disputar a pré-Libertadores, o Botafogo paga o preço das 10 rodadas sem vencer nesta reta final e saiu de campo muito vaiado pela sofrida torcida, que compareceu em pouco mais de 15 mil pessoas. Já o Cruzeiro comemora a permanência na Série A em 2024 com o resultado.
Antes de a bola rolar, alguns alvinegros protestaram, seja com vaias, pipocas atiradas no túnel de acesso ao campo ou cartazes, como um que chamou os jogadores de 'cagões". Quando o jogo começou, o time teve o apoio da torcida, mas teve muita dificuldade de jogar no início, com o esquema com três zagueiros.
Então, as primeiras vaias apareceram, para Marlon Freitas e Lucas Perri, até que Tiquinho teve grande chance e parou em Rafael Cabral, aos 16, e o Botafogo cresceu momentaneamente em campo e tentou uma pressão, mas errou muito e a paciência acabou de vez, com vários jogadores vaiados. O Cruzeiro, melhor mas que pouco criou, ainda assustou com Arthur Gomes em defesa de Perri.
Botafogo nervoso no segundo tempo
Num meio de campo improdutivo, Tiago Nunes tirou Marlon Gomes colocou Carlos Alberto no ataque e Junior Santos na ala, para Tchê Tchê jogar no meio. O atacante que entrou fez a melhor jogada do time, até então, e deixou Luis Henrique na cara do gol, mas ele perdeu a passada e não chutou. Antes Perri salvou o Botafogo em dois chute em sequência de Matheus Pereira.
A essa altura, o Botafogo saía do G-4 com a vitória do Grêmio, o que aumentava ainda mais a pressão dos irritados torcedores. A desorganização, o nervosismo e os erros do time não ajudaram em nada. Tanto que, somente aos 28, teve uma chance clara de gol, mas Carlos Alberto, sozinho, cabeceou mal, para fora, numa rara jogada coletiva.
Sem forças e no desespero, o Botafogo teve ainda mais dificuldade contra um Cruzeiro que se fechou, satisfeito com o empate. E o fraquíssimo jogo não teve mais chance de gol até o apito final, encerrando mais uma decepção do torcedor alvinegro, que chamou o time de sem vergonha.
Botafogo 0 x 0 Cruzeiro
Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
Cartões amarelos: Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Adryelson, Diego Costa (BOT); Palacios, Neris, Luciano Castán (CRU)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
Cartões amarelos: Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Adryelson, Diego Costa (BOT); Palacios, Neris, Luciano Castán (CRU)
Botafogo: Lucas Perri, Danilo Barbosa, Adryelson e Victor Cuesta; Tchê Tchê, Marlon Freitas (Carlos Alberto), Gabriel Pires (Newton) e Victior Sá; Junior Santos (Janderson), Luis Henrique (Hugo) e Tiquinho (Diego Costa). Técnico: Tiago Nunes.
Cruzeiro: Rafael Cabral, Palacios, Neris, Luciano Castán e Marlon; Ian Luccas (Mateus Vital), Lucas Silva (João Marcelo) e Japa; Matheus Pereira (Nikão), Arthur Gomes (Robert) e Bruno Rodrigues (João Pedro). Técnico: Paulo Autuori.
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