Publicado 12/09/2024 13:08
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu adiar o julgamento John Textor, que estava marcado para esta quinta-feira (12). O dono da SAF do Botafogo terá o prazo de 10 dias para responder a questionamentos feitos no inquérito que apura a denúncia de manipulação de resultados no Brasileirão, feita pelo empresário.
PublicidadeA decisão pelo adiamento foi por um pedido do relator Lucas Brandão, horas antes da sessão da 5ª Comissão Disciplinar. O processo retorna na próxima sessão agendada.
Ele será julgado pelas declarações que fez sobre manipulação de jogos e responde cinco vezes pelo artigo 243-F, que se refere a "ofensa à honra contra Ednaldo Rodrigues, Palmeiras, São Paulo, Fortaleza e o árbitro Braulio da Silva Machado". E também uma no 221 (dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração de inquérito).
Se for considerado culpado, Textor pode ficar suspenso por até 810 dias, ou seja mais de dois anos. Também pode receber multa de R$ 500 mil.
A situação de Textor no STJD
Em março, John Textor disse, em depoimento no STJD, ter provas de que partidas do Brasileiro foram manipuladas e as apresentou para apreciação de inquérito. No mês seguinte, o norte-americano confirmou que uma das partidas foi Palmeiras 5x1 São Paulo, em 2023.
O inquérito foi aberto após pedido da Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol para apurar alegações de manipulação de resultados.
A conclusão do inquérito foi em julho e não considerou que havia prova concreta no relatório da 'Good Game' apresentado pelo dono da SAF do Botafogo, considerando que as informações eram 'imprestáveis'.
A sugestão do relator à época foi que Textor deveria ser penalizado com seis anos de suspensão por "ilícitos esportivos contra a honra de sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros". Além disso, "foram constatadas infrações contra a ética desportiva e motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito".
A Procuradoria acatou parte da sugestão e denunciou o empresário "por dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração de inquérito na Justiça Desportiva e ofensa à honra de terceiros perante a imprensa e redes sociais".
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