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Em 1970, o Brasil encantou o mundo e levou a Copa. Mas, quatro anos depois, as estrelas acabaram em segundo lugar. A Holanda, que até então nunca havia feito bons papéis, desembarcou na Alemanha com uma equipe fortíssima e inovadora, comandada pelo lendário Rinus Michels.
A 'Laranja Mecânica' surpreendeu o planeta com seu estilo: os jogadores alternavam as posições em campo com frequência, de forma que zagueiros atacavam, atacantes defendiam e sempre havia marcação em qualquer parte do gramado. Todos sob a batuta de Johan Cruyff, o craque completo que simbolizava o ‘Futebol Total’ de Michels.
Classificada em primeiro lugar no Grupo 3, na fase inicial, a Holanda decidiu diretamente com o Brasil uma vaga para a final. E ganhou por 2 a 0, gols de Neeskens e Cruyff, levando a Seleção à disputa do terceiro lugar (perdeu para a Polônia, por 1 a 0). Na decisão contra os donos da casa, prevaleceu o capitão alemão Franz Beckenbauer, astro de uma equipe que tinha craques como o goleiro Sepp Maier, o lateral Paul Breitner e o atacante Gerd Müller.
Revolucionários, os holandeses se contentaram com o vice em duas Copas seguidas. Em 1978, na Argentina, a taça ficou, pela segunda vez seguida, com os donos da casa. E a ‘Laranja Mecânica’, sem Cruyff, que recusou a convocação por não concordar com o regime ditatorial em vigor na Argentina, sofreu para chegar à decisão contra os ‘hermanos’.