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O Mundial da Alemanha representou uma mudança importante em relação a 2002. Pela primeira vez, a equipe campeã na edição anterior (no caso, o Brasil) precisou jogar as eliminatórias. A Seleção de Parreira, de volta à CBF após 12 anos, não decepcionou e conseguiu a vaga.

Despontava como favorita ao lado da Argentina e da anfitriã Alemanha, mas chegou com jogadores descompromissados e fracassou. A Itália, sem craques e envelhecida, aparecia em segundo plano, juntamente com a França, que preparava o adeus a Zinedine Zidane (o craque anunciou que se aposentaria depois da Copa).

O mundial foi o último lampejo de genialidade de Zidane. O francês começou discretamente, mas nas fases de mata-mata desencantou. Primeiro contra a Espanha: marcou um golaço no fim do jogo. Depois contra o Brasil, eterno freguês: enquanto Ronaldinho Gaúcho sumia em campo, o craque esbanjava categoria. Acertou até chapéu em Ronaldo, que, com 15 gols, bateu o recorde do alemão Gerd Müller em Copas e deixou a Seleção depois da eliminação. E coube a Thierry Henry, sem a marcação de Roberto Carlos, anotar o gol da vitória francesa.

 

Na semifinal, a França eliminou Portugal, de Luiz Felipe Scolari, e chegou à decisão como favorita contra a Itália. No último jogo de Zidane, em vez da consagração um vexame: após converter um pênalti, que pôs os franceses em vantagem, o craque abandonou o futebol com uma cabeçada no peito do zagueiro Materazzi. Levou o cartão vermelho, e a França perdeu a final nos pênaltis.