Eduardo Bandeira de Mello: 'O trabalho será árduo e profissional. Reconstruir a cidade que amamos e colocar o Rio em outro patamar'Armando Paiva
Por O Dia
Publicado 15/03/2021 16:17
Rio - Acusado de ter sido um dos responsáveis pelo incêndio que matou dez jovens atletas do Flamengo na tragédia no CT do Ninho do Urubu, há pouco mais de dois anos, o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e sua defesa brigam na Justiça para provar a inocência no caso. Entre os argumentos, os advogados destacam que ele não pode ser responsabilizado pelos fatos que levaram ao incêndio, uma vez que já havia deixado o comando do clube pouco mais de um mês antes do ocorrido.
A base dessa argumentação é que o reparo mal feito num dos aparelhos de ar condicionado ocorreu dias antes da tragédia, em janeiro, já na gestão de Rodolfo Landim.
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"Uma vez que o incêndio ocorreu, segundo as informações, por falta de manutenção ou defeito de aparelhos, cuja supervisão e revisão estava a cargo de um técnico, essa causa superveniente (conduta descuidada do técnico ou supervisor) exclui a suposta causalidade anterior, imputada ao ex-presidente do Clube", afirma o jurista Juarez Tavares.
Outra afirmação trazida como argumento da inocência do ex-dirigente joga luz sobre a responsabilidade de seu sucessor. De acordo com a defesa, desde dezembro o novo alojamento da base já estava pronto.
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"Apesar de ter contratado os referidos módulos habitacionais, conforme será demonstrado na instrução, em dezembro de 2018, antes de EDUARDO BANDEIRA DE MELLO deixar a presidência, cerca dois meses antes dos fatos, os atletas da base que ainda tinham competição foram transferidos para novas instalações do CT".
Segundo o MP, a gestão de Bandeira não cumpriu exigências da Promotoria da Infância e Juventude, em processo iniciado em 2012. A denúncia afirma que foram feitos "diversos relatórios" apontando a "precariedade" e "clandestinidade" dos contêineres.

No entanto, a defesa de Bandeira diz que as afirmações são "inverídicas". Os advogados afirmam, ainda, que as constatações da promotoria não se referiam aos contêineres, como destacado no trecho abaixo.
Defesa de Bandeira à Justiça afirma que fiscalização que apontou piora das condições de alojamento não se referiu aos contêineres - Reprodução
Defesa de Bandeira à Justiça afirma que fiscalização que apontou piora das condições de alojamento não se referiu aos contêineresReprodução
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"Uma vez que o incêndio ocorreu, segundo as informações, por falta de manutenção ou defeito de aparelhos, cuja supervisão e revisão estava a cargo de um técnico, essa causa superveniente (conduta descuidada do técnico ou supervisor) exclui a suposta causalidade anterior, imputada ao ex-presidente do Clube", afirma o jurista Juarez Tavares.
Outra afirmação trazida como argumento da inocência do ex-dirigente joga luz sobre a responsabilidade de seu sucessor. De acordo com a defesa, desde dezembro o novo alojamento da base já estava pronto.
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"Apesar de ter contratado os referidos módulos habitacionais, conforme será demonstrado na instrução, em dezembro de 2018, antes de EDUARDO BANDEIRA DE MELLO deixar a presidência, cerca dois meses antes dos fatos, os atletas da base que ainda tinham competição foram transferidos para novas instalações do CT".
Segundo o MP, a gestão de Bandeira não cumpriu exigências da Promotoria da Infância e Juventude, em processo iniciado em 2012. A denúncia afirma que foram feitos "diversos relatórios" apontando a "precariedade" e "clandestinidade" dos contêineres.

No entanto, a defesa de Bandeira diz que as afirmações são "inverídicas". Os advogados afirmam, ainda, que as constatações da promotoria não se referiam aos contêineres, como destacado no trecho abaixo.
Defesa de Bandeira à Justiça afirma que fiscalização que apontou piora das condições de alojamento não se referiu aos contêineresReprodução
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Os advogados Rafael Kullmann e Gustavo Teixeira também afirmam que as constatações que se referem a denúncia estão desatualizadas e que as exigências feitas pela promotoria teriam sido cumpridas. Para embasar as afirmações, destaca ao longo de três páginas trechos de relatórios da própria promotoria, feitos ao longo de 2016 e 2017, com elogios às melhorias feitas pelo clube.
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