Publicado 28/07/2021 10:00
Com o Flamengo vivo em todas as competições, Renato Gaúcho está numa sinuca de bico difícil que não tem como escapar. Na véspera do duelo com o ABC, amanhã, no Maraca, pela Copa do Brasil, ele precisa decidir qual vai ser a prioridade: poupar para as competições mais importantes e correr o risco de se complicar ou jogar com força máxima de olho na premiação, mas desgastar ainda mais os principais jogadores em meio à maratona de jogos.
Brasileirão e Libertadores são as prioridades, como sempre, só que agora, mais do que nunca, a bolada que a Copa do Brasil paga em cada fase é muito cobiçada pela diretoria na hora de fechar as contas durante a crise. Se passar para as quartas de final, por exemplo, o prêmio de R$ 3,45 milhões paga quase três meses dos salários do Gabigol. A vaga nas semifinais rende R$ 7,3 milhões. Na final, o vice leva R$ 23 milhões e o campeão, R$ 56 milhões.
Tanta grana faz os olhos de rubro-negros e dirigentes brilharem só de pensar nos reforços que poderiam chegar, desde que isso não custe tropeços nos outros torneios. Aí que mora o problema. No calendário espremido ainda por causa da pandemia, o Flamengo vai disputar pelo menos nove jogos nos próximos 30 dias, e não tem time que aguente jogar tanto sem nenhum descanso.
Para piorar, o começo no Brasileirão não rendeu aquela "gordurinha" para queimar, e qualquer tropeço no meio do caminho vai atrapalhar na perseguição ao líder Palmeiras. Mas, uma hora ou outra, Renato terá que poupar. Resta decidir qual é melhor hora para correr esse risco, e a Copa do Brasil aparece como boa opção.
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