Roger MachadoFoto: Lucas Merçon/Fluminense
Por Lance
Publicado 29/06/2021 16:20
Rio - Os desfalques tem sido cada vez mais comuns para o Fluminense nas últimas partidas disputadas. Seja por desgaste, lesão ou suspensão, o técnico Roger Machado vem tendo dificuldade de ter a escalação considerada titular no Campeonato Brasileiro. Também por isso, a equipe mostra problemas em manter a intensidade durante os 90 minutos. Desde o início de abril, foram 11 semanas seguidas com duas partidas, totalizando 21 jogos.
A última semana completa que Roger teve para treinar foi entre a nona e a décima rodadas do Carioca, quando o Flu entrou em campo em 11 de abril contra o Nova Iguaçu e no dia 17 para o clássico com o Botafogo. Antes disso, o treinador tinha tido apenas outras duas oportunidades de trabalhar o elenco com mais tempo. E isso não deve mudar tão cedo. Com a Libertadores em julho, a única brecha no calendário do Brasileirão será ocupada pelas oitavas da Copa do Brasil entre a semana final do próximo mês e o início de agosto.
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Desde o início do Brasileirão, o Flu já soma diversos desfalques. Além de Hudson, que precisou passar por cirurgia e é ausência certa, Caio Paulista perdeu dois jogos (poupado e com desconforto na coxa esquerda), Samuel Xavier perdeu três (dores na coxa esquerda), Nene ficou fora de um (poupado) e Fred de três (poupado e com gastroenterite).

Além deles, Luccas Claro, Martinelli e Biel perderam uma partida (poupados). Nino e Cazares, convocados, perderam três jogos. Os reservas Igor Julião (virose) e John Kennedy (longa recuperação por Covid-19) também apareceram menos. Yago Felipe só perdeu um jogo pois estava suspenso e Abel Hernández terá o mesmo problema após ser expulso.
"A gente vai esbarrar na questão que eu sempre falo, que é do calendário. Por vezes, nós somos cobrados para buscar alternativas de jogo mediante as dificuldade apresentadas na partida, tendo em vista que temos pelo menos 50 jogos, quarta e domingo. E cada jogo envolve pelo menos três dias, que é pré-jogo, o jogo e o dia seguinte, em que a gente não consegue trabalhar. Com dois jogos na semana, são seis dias, fora deslocamento, tendo que lidar com ausências de convocação, desgaste". - afirmou Roger Machado em coletiva.

Vale lembrar que Nino ainda será desfalque por até nove partidas, já que disputará os Jogos Olímpicos com a Seleção Brasileira e tem apenas mais três rodadas pela frente (Athletico, Flamengo e Ceará) antes de se apresentar.
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Algo que poderia ajudar é a sequência de jogos no Rio de Janeiro, no entanto, o time precisará se deslocar mesmo assim. Na quarta-feira, o confronto diante do Athletico-PR será em Volta Redonda, às 16h. A delegação vai até lá nesta terça. Já o clássico Fla-Flu no domingo está encaminhado para a Neo Quimica Arena, em São Paulo, e, caso não se concretize, deve ser no Raulino de Oliveira também. Por último, aí sim, o Flu encara o Ceará em São Januário.

- Você coloca um elemento a mais que não deveria estar obrigatoriamente envolvido na escolha dos jogadores em campo. Se fizéssemos seis jogos por mês, com uma semana aberta, já nos atenderia. Mas é isso que nós temos, tentamos lidar com isso. Nos apoiamos muito na fisiologia. Na reta final do estadual, com final da fase de grupos da Libertadores, levamos no limite sem mudar as peças porque entendemos que era importante naquele momento. Mas isso aumenta os riscos. Pelo fato de apenas descansar e treinar, você naturalmente perde pontos importantes, que é o físico, a força - disse Roger.

O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, às 16h, quando enfrenta o Athletico Paranaense, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela oitava rodada do Brasileirão. Com o resultado de 1 a 1 com o Corinthians na última rodada, a equipe fica em nono lugar, com 10 pontos.
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