Publicado 05/01/2024 10:22
Rio - Novo reforço do Zenit-RUS, o zagueiro Nino escreveu uma carta em primeira pessoa para se despedir do Fluminense. Em publicação do "The Players Tribune", o defensor apontou o técnico Fernando Diniz como um dos principais responsáveis por seu sucesso com a camisa tricolor.
"Esse cara me ensinou muita coisa, mas me ensinou principalmente a enxergar certas coisas que realmente importam de outro jeito. Eu tinha medo de fracassar. E talvez eu tenha transformado esse medo no meu combustível pra não fracassar. Mas é pesado viver assim. Então o que é fracassar? Falam muito em “dinizismo”, que o dinizismo isso, o dinizismo aquilo. Pra mim o dinizismo é ter outra perspectiva sobre tudo, enxergar o mundo e a vida de outro jeito. Pra isso é preciso ter coragem. E amigos", diz Nino em um trecho da carta.
O agora ex-capitão tricolor também recordou momentos marcantes na conquista inédita da Libertadores. Os dois jogos contra o Internacional ficarão para sempre na memória do jogador.
"Quando terminou a partida, a minha sensação era de estar dentro de uma das maiores demonstrações de amor da história do futebol. Eu não ia ver nada mais emocionante que aquilo, nem que vivesse mil anos. Mas o Fluminense é f***, mermão. Uma semana depois, no Beira-Rio, foi maior. Mesmo em inferioridade numérica na arquibancada, nossa torcida cantou ainda mais alto, pro Brasil inteiro ouvir e pra colocar a gente na final", recordou o zagueiro.
"O grande barato de ter jogado nesse Fluminense campeão da América é que nós fomos um time de amigos. A gente criou uma amizade fora de campo que foi fundamental dentro. Nesse grupo não tinha jogador de cara feia por não ser relacionado nem pro banco. Não tinha jogador com raiva por atuar fora de posição ou por ser substituído. Não tinha jogador com inveja do sucesso do artilheiro", completou.
Por fim, Nino prometeu que um dia voltará ao clube onde fez história em 2023.
"Saio com a certeza de que ainda voltarei a ver um novo dia raiar em Laranjeiras."
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